Manchas de sangue foram encontradas ao lado da porta, no assoalho traseiro, atrás do banco do passageiro e no banco de trás.
A Polícia Civil de São Paulo informou neste sábado (7) que encontrou marcas de sangue no carro do empresário Adalberto Amarillo Júnio.
Adalberto foi encontrado morto em um buraco de uma obra no Autódromo de Interlagos, na Zona Sul da capital, na última terça-feira (3), quatro dias após o desaparecimento.

O carro do empresário passou por uma nova perícia nesta semana e, segundo os peritos do Instituto de Criminalística, foi detectada uma quantidade considerável de sangue em pelo menos quatro pontos do veículo.

São muitas manchas que estavam ao lado da porta, no assoalho traseiro, atrás do banco do passageiro e também no banco de trás. Testes iniciais apontaram que o sangue é humano, mas ainda não se sabe a quem pertence. A polícia solicitou um exame de confronto genético para saber se o material biológico é de Adalberto.
Câmeras de segurança mostram Adalberto chegando sozinho ao local, por volta de 12h30 da sexta-feira(30). Adalberto vestia boné, camiseta preta, calça jeans e botas. À noite, ele se encontrou com um amigo e, por volta das 20h30, enviou uma última mensagem para a esposa. Depois disso, não foi mais visto.
Um amigo de Adalberto disse à polícia que o empresário consumiu maconha e oito copos de cerveja durante o evento em que estiveram juntos, na sexta-feira (30). E, que, ao se despedirem, Adalberto disse que voltaria ao carro. No entanto, não há imagens do empresário se deslocando até o estacionamento.
O IML ainda aguarda o resultado dos exames toxicológico, anatomopatológico e subungueal — que analisa materiais encontrados sob as unhas, como detritos, pele e sangue que podem indicar sinais de luta corporal. Não há prazo para os laudos dos exames.
Em relação às escoriações superficiais encontradas no corpo do empresário, o diretor do centro de perícias afirmou que o IML está aguardando o resultado para saber se as lesões foram feitas em vida ou após a morte.
Nesta quinta (5), garis encontraram uma segunda calça que pode ser a que Adalberto usava no dia em que foi morto. A peça foi encontrada nas imediações do autódromo e passará por perícia. Uma outra calça já havia sido encontrada em uma lixeira da região, na quarta (4), mas não foi reconhecida pela família como sendo do empresário.

