Com histórico de problemas abdominais desde a facada de 2018, ex-presidente voltou a relatar vômitos frequentes e indisposição durante eventos políticos no estado
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) precisou cancelar sua agenda em Goiás nesta sexta-feira (20) após passar mal durante compromissos no estado. A programação previa visitas a cidades como Goiânia e Anápolis, mas foi interrompida após o surgimento de sintomas relacionados a problemas intestinais.
Bolsonaro participou brevemente de um evento em um frigorífico na capital goiana, mas permaneceu no local por apenas 20 minutos, saindo visivelmente debilitado. A principal atividade política prevista era uma cerimônia em Anápolis, onde ele receberia uma Medalha de Honra ao Mérito. O compromisso foi cancelado após Bolsonaro deixar o evento inicial.
O prefeito de Anápolis, Márcio Corrêa (PL), confirmou o cancelamento da agenda e informou que o ex-presidente já havia retornado a Brasília. Fontes próximas relataram que ele voltou por conta própria, sem necessidade imediata de internação.
Essa não foi a primeira manifestação pública de indisposição de Bolsonaro nos últimos dias. Na quinta-feira (19), durante um discurso na Câmara de Vereadores de Aparecida de Goiânia, o ex-presidente já havia interrompido sua fala por causa de desconforto gástrico. Ele relatou estar vomitando várias vezes por dia.
O histórico de problemas de saúde de Bolsonaro é extenso e remonta à facada que sofreu durante a campanha presidencial de 2018. Desde então, foram realizadas pelo menos seis cirurgias abdominais, além de procedimentos de correção e tratamentos intestinais. A última grande intervenção ocorreu em abril deste ano, com duração de cerca de 12 horas e um período de recuperação prolongado.
Mesmo com recomendações médicas para evitar agendas extenuantes, Bolsonaro intensificou nos últimos meses sua participação em eventos políticos ligados ao PL, especialmente em estados-chave como Goiás, com vistas à eleição presidencial de 2026.
Até o momento, interlocutores próximos afirmam que ele já estaria se sentindo melhor após uso de medicação, e que não há previsão oficial de nova internação. A agenda futura segue indefinida, assim como o possível reagendamento da cerimônia em Anápolis.
A condição de saúde do ex-presidente segue sob acompanhamento, e novos detalhes devem ser divulgados nas próximas horas, caso haja necessidade de exames ou internação formal. O episódio desta sexta reforça a preocupação com sua resistência física diante de um calendário político cada vez mais intenso.
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