Mais de 90% da população adulta pode carregar o vírus causador do herpes zoster, que é grave e doloroso, porém, prevenível por vacinação
Uma dor súbita, intensa e que pode durar por meses ou até anos: esta é a principal característica do herpes zoster, doença que é popularmente conhecida como “cobreiro”. Ele é causado pelo varicela zoster, o mesmo vírus que causa a catapora e que pode reaparecer anos após a infecção inicial, principalmente, em pessoas acima de 50 anos ou com comprometimento imunológico. Pesquisas apontam que a doença pode provocar até duas mil horas de dor contínua em pacientes que desenvolvem neuralgia pós-herpética.
O herpes zoster está mais próximo do que se imagina: mais de 90% da população adulta brasileira já pode estar infectada com o vírus varicela zoster e corre o risco de manifestar a doença. O vírus pode permanecer adormecido no organismo por décadas e ser reativado a qualquer momento, de maneira imprevisível, provocando sintomas como dores nos nervos, formigamento, queimação, febre, mal-estar e, em seguida, lesões cutâneas dolorosas que seguem o trajeto dos nervos, especialmente no tórax, na face e na região cervical.
Uma complicação frequente da doença é a neuralgia pós-herpética, uma condição crônica que pode afetar até 30% dos pacientes. “A dor é o principal e mais debilitante sintoma do herpes zoster e a neuralgia pós-herpética é uma dor persistente que pode durar meses ou até anos, impactando de forma severa a qualidade de vida dos pacientes ao dificultar até mesmo atividades simples do dia a dia”, explica Juliana Pereira, gerente médica de vacinas.

De acordo com dados do Sistema Único de Saúde (SUS), o número de internações por herpes zoster vem crescendo ano após ano: foram 2.037 hospitalizações em 2022, 2.284 em 2023 e 2.649 em 2024. Já nos três primeiros meses de 2025, foram registradas 510 internações pela doença no país.11
Apesar da gravidade e do impacto, o herpes zoster é prevenível por vacinação. “É muito importante procurar um médico para saber mais sobre o herpes zoster e suas formas de prevenção, principalmente se você tem mais de 50 anos.”, reforça Juliana.


