Falso médico procurado por mortes de pacientes e forjar própria morte é preso

Fernando Dardis foi preso em Guarulhos, São Paulo

O falso médico Fernando Dardis, procurado pelas mortes de duas pacientes e acusado de forjar a própria morte está preso em numa delegacia em Guarulhos. A informação de que ele se entregou nesta quarta-feira (25), foi confirmada pela Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP).

“A Polícia Civil informa que um foragido da justiça, de 43 anos, se apresentou junto a seu advogado na tarde de terça-feira (24) no 1º DP [Distrito Policial] de Guarulhos, onde permanecerá à disposição da Justiça. Diligências prosseguem visando o devido esclarecimento dos fatos”, informa nota divulgada pela pasta da Segurança Pública.

Fernando Henrique Dardis é réu acusado de provocar as mortes de Helena Rodrigues e Therezinha Monticelli Calvim, entre 2011 e 2012, quando atuou como falso médico na Santa Casa de Sorocaba. Ele ainda não foi julgado pelos crimes.

A Justiça decretou a prisão preventiva de Fernando em maio a pedido do Ministério Público (MP). A Promotoria descobriu que ele havia forjado a própria morte para não ser julgado pelos homicídios das pacientes.

Fernando responde por homicídio por dolo eventual (quando se assume o risco de matar). Ele é acusado de prescrever remédios e não saber dar o atendimento necessário às vítimas.

De acordo com o MP, Fernando conseguiu um atestado de óbito falso de que ele teria morrido por sepse no Hospital Brás Cubas, em Guarulhos, na região metropolitana. O hospital pertence à família dele.

Depois disso, ainda segundo a acusação, Fernando forjou documentos do Cemitério Municipal Campo Santo, em Guarulhos, para informar que ele foi enterrado lá. Para isso, colocou no sistema do Serviço Funerário Muncipal o nome dele no lugar do de um idoso de 99 anos, que realmente está sepultado no local.

Fernando não é um caso isolado. Em 2023 a Polícia Federal descobriu uma quadrilha que falsificava documentos de faculdades de medicina para obter registros e vendê-los para falsos médicos. Pelo menos 65 registros foram obtidos junto ao Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro com documentos falsos.


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