Nomes do ex-ministro da Previdência e de deputado do PP apareceram em meio a investigações da PF. Caso está com Dias Toffoli no STF
Os nomes de Onyx Lorenzoni (PP-RS), que foi ministro da Previdência no governo de Jair Bolsonaro (PL), e do deputado federal Fausto Pinato (PP-SP) foram citados nas investigações envolvendo a farra dos descontos indevidos sobre aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
As menções aos políticos foram informadas pela Polícia Federal (PF) em ofício enviado neste mês ao ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), que solicitou o compartilhamento de todos os inquéritos sobre as fraudes abertos no país para avaliar sua prevenção para relatar os casos, uma vez que os dois citados têm foro por prerrogativa de função, o chamado foro privilegiado, e já são investigados em outro inquérito que tramita em seu gabinete.

Tanto Onyx (à esquerda na foto), que foi ministro da Casa Civil e da Previdência no governo Bolsonaro, quanto Fausto Pinato tiveram alguma transação financeira ou conexão comercial com Felipe Gomes Macedo, que presidiu a Amar Brasil Clube de Benefícios (ABCB), uma das entidades envolvidas no esquema bilionário que descontava mensalidades direto do contracheque do INSS sem o consentimento dos aposentados.
Macedo doou R$ 60 mil a Onyx Lorenzoni na eleição ao governo do Rio Grande do Sul, em 2022. A entidade faturou R$ 324 milhões desde aquele ano, quando firmou seu acordo com o INSS para poder efetuar descontos sobre aposentados. Quando as tratividas começaram, Onyx era ministro da Previdência.
Procurados, os políticos negam terem relações com Macedo.

