PF bloqueia R$ 85 milhões e expõe parentes de Elmar Nascimento

Esquema é no município de Campo Formoso, na Bahia, administrado pelo irmão do deputado federal do União-BA

A Polícia Federal (PF), em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Receita Federal do Brasil (RFB), deflagrou na manhã desta quinta-feira (17) a nova fase da Operação Overclean, que apura esquema de fraudes em licitações, desvio de emendas parlamentares, corrupção e lavagem de dinheiro.

A Justiça determinou o bloqueio de R$ 85,7 milhões em contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas investigadas, além do afastamento cautelar de um servidor público. Foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão em Salvador (BA), Campo Formoso (BA), Senhor do Bonfim (BA), Petrolina (PE), Mata de São João (BA) e Brasília (DF).

A PF já identificou mais de R$ 1,4 bilhão em contratos suspeitos relacionados ao grupo investigado. Os crimes apurados incluem organização criminosa, corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações, embaraço à investigação e lavagem de dinheiro.

O caso foi remetido ao Supremo Tribunal Federal (STF) por envolver autoridades com foro privilegiado, como o deputado Elmar Nascimento.

O epicentro do esquema é o município de Campo Formoso, na Bahia, administrado pelo irmão do deputado federal Elmar Nascimento (União-BA). Embora o parlamentar não tenha sido alvo direto nesta fase, três de seus familiares foram atingidos pela operação.

Entre os investigados está o prefeito de Campo Formoso, Elmo Aluízio Vieira do Nascimento, irmão de Elmar Nascimento, suspeito de autorizar pagamentos milionários a empresas ligadas a fraudes licitatórias.

Outro alvo é o assessor Amaury Albuquerque Nascimento, primo do deputado. Ele foi exonerado do gabinete de Elmar após ser citado na investigação e é suspeito de atuar como intermediário do esquema.

O terceiro familiar é Francisco Nascimento, também primo do parlamentar e ex-vereador de Campo Formoso, conhecido por jogar dinheiro pela janela durante ação da PF no ano passado. Ele volta a ser alvo da polícia por intermediar contratos fraudulentos na prefeitura.

Todos os citados negam qualquer irregularidade.


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