Israelense declarou que o cronograma para começar a ocupação “é bastante rápido” e acontecerá “muito em breve”
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse neste domingo (10) que o país não tem outra alternativa a não ser “terminar o trabalho e derrotar o Hamas“. Segundo ele, objetivo “não é ocupar Gaza”, mas libertá-la do terrorismo do grupo extremista.
O israelense disse que o plano de ocupar totalmente a Faixa de Gaza será colocado em prática “muito em breve”, a começar pela Cidade de Gaza, maior centro urbano do território palestino controlado pelo Hamas.

“O cronograma que estabelecemos para a ação é bastante rápido. Queremos, antes de tudo, permitir que zonas seguras sejam estabelecidas para que a população civil da Cidade de Gaza possa sair”, afirmou. “Esta é a melhor forma de acabar com a guerra e a melhor forma de encerrá-la rapidamente”, acrescentou o primeiro-ministro.
Questionado a respeito dos palestinos também têm morrido pela falta de comida, além das mortes provocadas pelos ataques, Netanyahu se negou a responder que isso esteja acontecendo. Segundo ele, fotos divulgadas de crianças com magreza extrema não comprovam a crise humanitária no território.
Até o momento, 193 pessoas morreram por fome ou desnutrição na Faixa de Gaza.
Em contrapartida, declarou que “gostaria” de abrir mais centros de distribuição de alimentos e corredores de ajuda humanitária. Em 5 de agosto, Israel passou a permitir a entrada gradual e controlada de mercadorias em Gaza por meio de comerciantes locais.
Governo Lula “deplora” a decisão
Em nota, o Ministério das Relações Exteriores sob o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse no sábado (9) que o governo brasileiro “deplora a decisão do governo israelense de expandir as operações militares na Faixa de Gaza, incluindo nova incursão à Cidade de Gaza, medida que deverá agravar a catastrófica situação humanitária da população civil palestina, assolada por cenário de mortes, deslocamento forçado, destruição e fome”.
O órgão fez um apelo pela retirada completa e imediata das tropas israelenses no território, “ao recordar que a Faixa de Gaza – assim como a Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental – é parte inseparável do Estado da Palestina”.

