Saiba 19 postos ligados ao PCC, segundo investigações; veja endereços

Postos utilizados por criminosos adulterava combustíveis e lavava dinheiro do crime organizado em Goiás e São Paulo

Decisões da Justiça de São Paulo citam nominalmente ao menos 19 postos de combustíveis  relacionadas à operação Carbono Oculto.

A maior operação da história do país que aconteceu contra o Primeiro Comando da Capital (PCC), investiga a infiltração da facção criminosa no setor de combustíveis.

Segundo a Receita, o PCC usava uma rede de mais de 1 mil postos para lavar dinheiro para o crime organizado, recebendo o dinheiro sujo em espécie ou por meio de maquinhas e o repassando para contas da organização criminosa.

A relação dos 19 postos citados nas decisões com os investigados, e os endereços deles (conforme constam na Receita Federal), estão abaixo:

Sete postos pertencem a Armando Hussein Ali Mourad. Ele é irmão de Mohamad Hussein Mourad, que segundo a Justiça paulista é ligado ao PCC e liderava o esquema, e foi “fundamental para a expansão do grupo e para a blindagem patrimonial e lavagem de capitais”.

São eles:

  • Auto Posto Vini Show, de Senador Canedo (GO)
  • Auto Posto Dipoco, de Catalão (GO)
  • Posto Santo Antonio do Descoberto, de Santo Antônio do Descoberto (GO)
  • Posto Futura JK, de Jataí (GO)
  • Posto Futura Niquelândia, de Niquelândia (GO)
  • Auto Posto Parada 85, de Goiânia
  • Auto Posto da Serra, de Morrinhos (GO)

Dois pertencem a Luciane Gonçalves Brene Motta de Souza e Alexandre Motta de Souza, identificados como membros da organização criminosa de Mourad e envolvidos com fraudes em bombas e adulteração de combustível:

  • Auto Posto Conceição, de Campinas (SP)
  • Auto Posto Boulevar XV São Paulo, de Praia Grande (SP)

Quatro são apontados como pertencentes a Renan Cepeda Gonçalves, descrito como “pessoa chave na organização criminosa” por estar ligado à Rede Boxter, grupo investigado por lavagem de dinheiro do PCC. Na Receita Federal, o proprietário é Tharek Majide Bannout, alvo da operação e que, segundo a Justiça, tem ligação com o PCC:

  • Auto Posto Yucatan, de Arujá (SP)
  • Auto Posto Azul do Mar, de São Paulo
  • Auto Posto Hawai e Auto Posto Maragogi, ambos de Guarulhos (SP)
Posto na cidade de Sumaré (SP)
Posto na cidade de Arujá (SP)

Posto Azul do Mar, na Mooca

O Auto Posto Texas, de Catanduva (SP), pertence a Gustavo Nascimento de Oliveira, citado como um dos laranjas do esquema utilizado pelo grupo liderado por Mohamad Hussein Mourad. O g1 não conseguiu contato com a defesa de Oliveira.

O Auto Posto Bixiga, de São Paulo (SP), é citado como destino de metanol usado na adulteração de combustíveis, outra das fraudes documentadas na operação.

O Auto Posto S3 Juntas, de São Paulo (SP), pertence a Ricardo Romano, “vinculado a atividades de lavagem de dinheiro e [que] possui conexões com o Primeiro Comando da Capital (PCC)”, segundo a Justiça.

O Auto Posto S-10, segundo a Justiça, pertence a José Carlos Gonçalves, o Alemão, que tem “ligações fartas com o PCC e é suspeito de financiar o tráfico e a lavagem de dinheiro. Na Receita Federal, ele tem como sócia a ACL Holding, também citada na investigação.

O Auto Posto Elite de Piracicaba, da cidade homônima, também é apontado como pertencente a Armando Hussein Mourad. Na Receita, tem como dono Pedro Furtado Gouveia Neto, também alvo da operação, e que também é proprietário do Auto Posto Moska.


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