Incêndio que matou 5 trancafiados em clínica no DF é investigado

Causas do início do fogo são desconhecidas. A casa estava trancada por fora no momento em que as chamas se alastraram

O Instituto Terapêutico Liberte-se, casa de reabilitação de dependentes químicos no Paranoá, pegou fogo na madrugada de domingo (31/8), por volta das 3h. Cinco pessoas morreram e ao menos 11 foram internadas, com ferimentos e intoxicação por fumaça.

A clínica que não tinha alvará de funcionamento, mas acolhia mais de 46 internos. Desses, 20 estavam dentro da casa, trancados com cadeado. Os outros 26, em outra edificação, na parte externa.

Até o momento, as causas do início do fogo são desconhecidas e uma das hipóteses levantadas é que um carregador de celular possa ter causado falha elétrica. A informação é investigada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) que investiga o caso, por meio da 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá). Os agentes estiveram no local ainda nesse domingo e fizeram perícia.

O Corpo de Bombeiros conteve as chamas e levou os sobreviventes aos hospitais regionais de Sobradinho (HRS) e da Região Leste, no Paranoá (HRL). As vítimas foram identificadas como Darley Fernandes de Carvalho, José Augusto, Lindemberg Nunes Pinho, Daniel Antunes e João Pedro Santos.

Os feridos têm entre 21 e 55 anos. Somente as iniciais e a idade foram divulgadas:

D.S., 24 anos;
L.G., 21 anos;
L.S., 21 anos;
M.D., 28 anos;
J.G.S.J., 30 anos;
R.S., 44 anos;
M.S., 24 anos;
E.G.S., 33 anos;
R.F.M., 33 anos;
G.S.D.S.Q., 34 anos; e
R.Q., 55 anos.

Trancados

Além da unidade estar trancada no momento do incêndio, as janelas da clínica têm grades de ferro, o que impediu a fuga das vítimas. Esses dois fatores dificultaram, ainda, o salvamento das vítimas, segundo testemunhas.

O também paciente Luís Araújo do Nascimento, 57, contou à reportagem que o incidente era tragédia anunciada. “Não foi por falta de aviso. “[O local] estava fechado, sem porta de incêndio, sem extintor, sem nenhuma precaução. E nenhum deles [os internos] foi treinado para trabalhar com combate a incêndio”, afirmou.


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