Menino morre e corpo fica 24 horas no sofá da casa de pais que são irmãos

Vizinho de irmãos incestuosos percebeu morte da criança em Paulista

Um caso chocante em Paulista, na Região Metropolitana do Recife, ganhou repercussão nesta semana: um menino de 2 anos morreu após sofrer convulsões e seu corpo permaneceu por aproximadamente 24 horas no sofá de casa sem que os pais tentassem socorrê-lo. Os pais, irmãos consanguíneos, mantêm um relacionamento incestuoso e não prestaram socorro à criança mesmo morando próximo a uma Unidade de Pronto Atendimento.

O menino faleceu no domingo (31 de agosto). O caso só foi descoberto na segunda-feira (1º de setembro), quando vizinhos perceberam a ausência da criança e alertaram a Polícia Militar. Ao chegar à casa, os policiais a encontraram fechada. Foi o próprio pai quem ligou posteriormente para informar sobre a morte do filho. A equipe do Conselho Tutelar entrou em ação à noite e constatou que o corpo do menino permanecia no sofá da sala.

Segundo o conselho tutelar, os pais tentar am reanimar o filho, mas não chamaram ajuda médica. Eles saíram, voltaram e mantiveram o corpo no local. O casal tem 18 e 24 anos e vive em condição de vulnerabilidade social, já tendo registrado histórico de negligência. Vizinhos relataram que a criança já havia sido retirada do convívio da família anteriormente por ação do Conselho Tutelar, mas devolvida posteriormente por decisão judicial. A mãe da vítima também já foi acolhida por órgãos de proteção antes dos 18 anos.

A filha mais nova do casal, de apenas 9 meses, foi resgatada e acolhida pelo Conselho Tutelar e não apresentava sinais de maus-tratos. No momento do resgate do corpo, houve mobilização de populares inflamados contra os pais, exigindo proteção policial no local de crime. Ambos os pais foram ouvidos no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e liberados em seguida, já que o caso foi registrado como “morte a esclarecer, sem indício de crime”, apesar das denúncias de negligência feitas por moradores e conselheiros.

No Brasil, o incesto não é crime, mas é proibido formalmente e condenado pela medicina por gerar riscos de doenças genéticas e má formação congênita em crianças. Nesse caso, o relacionamento incestuoso chegou a chamar a atenção dos órgãos assistenciais, mas não foi o fator tipificado no inquérito policial. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados devido à proteção garantida pelo Estatuto da Criança e do Adolescente


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