CPMI do INSS cobra dados de sindicato do irmão de Lula

Comissão pede a abertura de sigilo sobre as pessoas que atuavam em nome do Sindnapi, que tem Frei Chico como vice-presidente

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga as fraudes do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) aprovou, nesta quinta-feira (4), um requerimento para pedir informações sigilosas sobre pessoas que atuavam em nome do Sindicato Nacional dos Aposentados da Força Sindical (Sindnapi), de 2015 a 2023. O irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico, é vice-presidente da entidade.

O Sindnapi foi uma das entidades investigadas pela Polícia Federal na Operação Sem Desconto, deflagrada em abril de 2025. Apesar de não ser formalmente investigado, o sindicato foi citado em relatórios da Controladoria-Geral da União (CGU) que indicam irregularidades nos descontos realizados. A CGU instaurou 40 Processos Administrativos de Responsabilização (PAR) contra diversas associações e empresas envolvidas em fraudes nos descontos associativos do INSS .

Crescimento da arrecadação do Sindnapi

Entre 2019 e 2024, o Sindnapi registrou um aumento significativo em sua arrecadação, passando de R$ 41 milhões para R$ 149 milhões. Esse crescimento coincidiu com o período em que foram identificadas irregularidades nos descontos realizados pelo sindicato. A CGU identificou que, em uma amostra, 20 dos 26 beneficiários afirmaram nunca ter autorizado os descontos .

Dirigentes do Sindnapi

O vice-presidente do Sindnapi é José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Frei Chico ocupa um cargo de direção na entidade desde 2008, mas não é um investigado direto nas fraudes identificadas. Apesar disso, seu nome foi citado em investigações anteriores relacionadas a outros esquemas de corrupção .

Frei Chico é irmão de Lula

Medidas adotadas pelas autoridades

A CGU tem conduzido investigações para identificar e responsabilizar as entidades envolvidas em fraudes nos descontos associativos do INSS. Além disso, a Advocacia-Geral da União (AGU) está avaliando a adoção de medidas judiciais para o bloqueio cautelar de bens e valores das associações e indivíduos diretamente envolvidos.


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