Lula faz 7 de setembro praticamente sozinho, apenas Hugo Motta foi

No desfile de 7 de setembro de 2025, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficou praticamente sozinho entre os chefes dos poderes, evidenciando um cenário de isolamento político nas comemorações oficiais do Dia da Independência em Brasília. As ausências marcantes do Supremo Tribunal Federal (STF), do governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha e da vice-governadora Celina Leão criaram forte repercussão sobre os motivos e significados desse gesto institucional.

Quem esteve presente e quem não compareceu

O único chefe de Poder presente ao lado de Lula foi o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB). O vice-presidente Geraldo Alckmin também acompanhou Lula no palanque oficial, além de diversos ministros do governo e comandantes das Forças Armadas. A presença de Hugo Motta destoou da prática tradicional, já que nos anos anteriores havia representantes do STF e do Senado Federal em destaque nas solenidades.

Entretanto, nenhum dos onze ministros do STF esteve no evento, incluindo o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, que estava em viagem oficial à França. A ausência coletiva foi uma decisão institucional e interpretada por analistas políticos como gesto de cautela em meio ao julgamento contra Jair Bolsonaro por suposta tentativa de golpe após as eleições de 2022.

O governador Ibaneis Rocha estava em Washington, Estados Unidos, para participar de um fórum de negócios, e a vice-governadora Celina Leão, enquanto conduzia a gestão do DF no período, permaneceu no Centro Integrado de Operações, monitorando a segurança do evento sem comparecer ao desfile presencialmente.

Principais motivos apontados

  • Tensão institucional: O contexto político, permeado pelo julgamento de Bolsonaro e fraturas entre os poderes, levou o STF a optar por não fazer parte do palanque de Lula, evidenciando busca de neutralidade e independência no atual cenário.
  • Viagem e agendas: Ibaneis Rocha justificou ausência por compromisso internacional, e Celina Leão seguiu agenda de monitoramento da segurança pública, sem participação presencial no desfile.
  • Cautela política: O governo Lula enfrentou manifestação popular esvaziada e frases de protesto (“sem anistia”) na Esplanada, repercutindo um ambiente de distanciamento entre instituições e o Planalto, além de crescente pressão de setores do Centrão por cargos e negociações no governo.

Clima no evento

O desfile foi marcado por forte esquema de segurança, público abaixo dos eventos anteriores e ausência de lideranças políticas tradicionais que costumam compor o palanque presidencial nos atos cívico-militares do 7 de setembro. A estratégia do Planalto foi apostar em slogans patrióticos e transmitir imagem institucional, ainda que a celebração tenha evidenciado o isolamento presidencial frente à conjuntura política e à relação tensa entre poderes.

Resumo dos fatos

Presença/AutoridadeParticipou do evento?Motivo da ausência
STFNãoDecisão institucional, cautela diante do julgamento de Bolsonaro 
Ibaneis RochaNãoViagem internacional nos EUA 
Celina LeãoNãoMonitoramento via CIOB, sem presença física 
Hugo MottaSimÚnico chefe de Poder presente 

Lula, portanto, ficou quase isolado entre as principais autoridades do país durante o desfile de 7 de setembro de 2025, reflexo da atual polarização política e de gestos de distanciamento institucional pelos chefes do Judiciário e do Executivo local.


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