Líder do partido de Bolsonaro tem nova reunião com Hugo Motta para mapear votos favoráveis à matéria na Câmara
A oposição entra em campo com mais força para articular a anistia aos envolvidos nos ataques do 8 de Janeiro. Na esteira dos protestos de 7 de Setembro, aliados de Jair Bolsonaro (PL) aproveitam a pauta tranquila na Câmara e os holofotes voltados ao STF (Supremo Tribunal Federal) para pressionar Hugo Motta (Republicanos-PB) a destravar a matéria.
Ontem, domingo (7) manifestações em todo Brasil pediram a saída e volta à prisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e destituição e prisão de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Cerca de 50 mil pessoas em São Paulo e 50 mil no Rio de Janeiro, deram o tom do que a oposição pretende nesta semana.
Nesta segunda-feira (8), o presidente da Câmara tem reunião prevista com o líder do PL (Partido Liberal), Sóstenes Cavalcante, para discutir a anistia e mapear votos. Motta, com essa discussão, quer mensurar o tamanho apoio à pauta na Casa em cada bancada.
Embora a oposição pressione pelo avanço da pauta, não há texto definido até o momento e circulam nos bastidores ao menos três versões. Uma das versões torna o ex-presidente elegível nas próximas eleições e garante a anistia a partir de 14 de março de 2019 – data de início do inquérito das fakes news no STF.
O projeto da anistia está parado na Câmara dos Deputados e não teve sequer a urgência levada a plenário. Se tirado da gaveta por Hugo Motta (Republicanos-PB), o projeto precisará tramitar em ambas as casas do Congresso Nacional antes de chegar às mãos de Lula.
Nas últimas semanas, a oposição viu crescer a possibilidade de pautar e aprovar anistia a Jair Bolsonaro ao término do julgamento do ex-presidente no STF. Sinalização do presidente da Câmara reacendeu a esperança dos aliados do ex-presidente.

