Na quinta-feira (11), o estudante de biologia da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Adalto Gaigher Júnior, foi preso em flagrante pela Polícia Federal após ameaçar publicamente o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) de morte, inclusive de tiros, por meio de uma postagem na rede social X (antigo Twitter).
A prisão ocorreu no interior do Espírito Santo, em decorrência da representação do parlamentar e da atuação rápida da PF para garantir a investigação e a persecução penal do caso.
Detalhes da ameaça e prisão
Adalto, de 24 anos, usou as redes sociais para divulgar uma mensagem clara e explícita de ameaça contra Nikolas Ferreira, conhecida figura do conservadorismo bolsonarista, que tem grande expressão nas redes e no Congresso Nacional. A postagem feita pelo estudante ocorreu na noite da quarta-feira (10), véspera de uma viagem oficial do deputado ao estado. A Polícia Federal agiu rapidamente, efetuando a prisão no dia seguinte mediante flagrante com base no crime de ameaça. Ele foi encaminhado para a Delegacia da PF em São Mateus, onde os procedimentos legais foram realizados.
A prisão do brasileiro ocorre no mesmo momento que o assassino de outro ativista de direita nos EUA, Charlie Kirk. Hoje o DBI divulgou a identidade de Tyler Robinson, um jovem de 22 anos, em meio a uma ampla investigação.
Reação de Nikolas Ferreira
Nikolas Ferreira, ao divulgar o seu caso, afirmou ter acionado os instrumentos jurídicos e de segurança para se proteger diante da gravidade das ameaças. Ele aproveitou para criticar duramente as universidades federais, associando o episódio a uma suposta preocupação com a formação de alunos que, segundo ele, estariam incentivando violência política. Em suas redes, o deputado disse que “se querem guerra, conseguiram”, adotando um tom mais inflamado e reativo após a prisão do estudante.
Contexto político
O deputado Nikolas Ferreira é conhecido por sua linha política conservadora, fortemente alinhada ao bolsonarismo e inspirada em pautas de armamento e cristianismo tradicionalista. As ameaças contra ele refletem o clima político polarizado no Brasil, em que ataques verbais e incidentes de intolerância são cada vez mais comuns entre grupos opostos. A prisão do estudante, ainda que justificada legalmente, gerou debate sobre liberdade de expressão e os limites das críticas políticas nas universidades.
Posição da Polícia Federal
A PF destacou que instaurou inquérito para apurar outros fatos relacionados ao investigado, incluindo a possibilidade da participação de terceiros no crime. Ressaltou também que a atuação foi motivada pela denúncia do próprio deputado, que buscou a proteção judicial após o episódio. O órgão reforçou o comprometimento em assegurar a investigação completa e rigorosa conforme a legislação vigente.

