Petistas pedem Trump declarado “Persona Non Grata” e são indicados ao “Nobel” da “displomacia”

Deputados do PT querem que governo Lula responda sanções de Trump ao Brasil declarando o presidente americano como “persona non grata”

Por Victorio Dell Pyrro

Diante da crise que já afeta milhares de empregos por queda nas exportações para os Estados Unidos, causadas pelo tarifaço imposto por Donald Trump a grande parte do mundo, os petistas, ao invés de negociarem como o resto do planeta, enfiam a cara no buraco feito avestruzes, com medo de dar um telefonema e agora querem piorar a lambança com total falta de tato geopolítico.

Deputados petistas querem transformar Trump em “persona non grata”? Só falta agora homenagear o Mato Queimado com o Prêmio Nobel da Diplomacia, sem o “s” antes do “p” ( Palavra nova inserida hoje, no dicionário Dell Pyrro: DISPLOMACIA). Após o governo dos EUA, sob Trump, empacotar o Brasil no combo “embargo, tarifaço e bronca diária nas redes sociais” por conta da condenação de Bolsonaro, e de censura continuada e perseguição à direitistas imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF), alguns parlamentares daqui decidiram que a melhor estratégia negocial são a vingança e o deboche diplomático. A busca para piorar a vida dos exportadores é incessante.

Ironia parlamentar em dose máxima

Porque, afinal, retaliar sanção americana usando a arma do ‘não entra mais, Trump!’ é mesmo o auge da ousadia soberana tropical do tanque de guerra esfumaçado. O presidente dos Estados Unidos, conhecido por tomar um avião presidencial para jantar Big Mac na Coreia do Norte, certamente ficará arrasado ao saber que seu acesso ao Brasil, aquela terra que nunca visitou, nem quer— e de onde só ouve falar do tal “feijoada” — foi revogado por um punhado de deputados em crise de abstinência midiática.

Com direito a discurso inflamado, a trupe parlamentar exige que Lula tire do bolso o carimbo “indesejado” e coloque o nome de Trump ali, entre contrabandistas, terroristas e turistas sem visto. O Itamaraty, ocupado em responder insultos do Marco Rubio no X e em revisar notas diplomáticas de 15 páginas contra tarifaço de 50% nos produtos brasileiros (“One caipirinha for one iPhone, Mr. President!”), ainda finge que está tudo sob controle. Mas fontes garantem que Alexandre de Moraes já consultou a Lei de Migração para incluir sessões de barberagem política no formulário de entrada no país. Dizem que Xandão ficaria feliz em ver Trump proibido de pisar em Copacabana, como ele mesmo não pode pisar mais na Disneylandia.

Falta de pauta é criatividade, sempre

Entre propostas sérias, seríssimas e de suma importância para a economia e a vida do brasileiro, como a criação genial do “Dia Nacional do Bom Dia”, da “Semana da Consciência Mística do Chuchu” e CPI dos Aerossóis, eis que surge o novo grito cívico: “Trump, aqui não!” O drama: alguém acredita mesmo que Trump, acusado de ornar ditadores com Medalhas da Melancia, perderia o sono sem poder desfilar pelo calçadão na orla? Deputados posam para a foto, vendem a bravura pátriótica, mas só falta sugerir que Argentina seja declarada “host country” para Trump na surdina dos bastidores do Mercosul. (O petismo vai ter dificuldade de entender, principalmente seu líder máximo, que sequer português fala corretamente). Mas Milei certamente ficaria feliz.

Diplomacia de TikTok e efeito bumerangue

Entre uma declaração em português enrolado e outra em inglês de Google Tradutor, deputados petistas juram que exigem respeito e soberania, enquanto Trump e sua entourage digitam “Brazil sanções meme” ao lado de catioro e lula preu. Resultado? O Itamaraty coleciona recortes de memes, as relações seguem ambíguas e, mais uma vez, exportamos o melhor do surrealismo nacional: parlamentarismo performático e guerra diplomática convertida em trending topic de quarta-feira de cinzas.

No Brasil, o ridículo nunca é inimigo, é método. Enquanto isso, algum assessor já preparou a próxima ofensiva: Declarar Joe Biden “persona non WhatsApp”, caso ele não reaja com emoji suficiente na próxima nota oficial sobre as relações Brasil-EUA. Fica a dica para a comissão mista de Relações Exteriores e Humor Brasileiro. Salve o dia da displomacia.

Ah, é bom lembrar que Trump está impondo tarifas ao mundo todo e no Brasil, e que Alexandre de Moraes foi Magnitskyzado porque, segundo seu próprio colega, Fux, rasgou a Constituição julgando Bolsonaro, seu adversário político, sem ter esse direito Constitucional.

Ah sim, quero concorrer à uma cadeira na academia pela criação do termo em voga. Displomacia é a cara do PT, mas a criação do antônimo é minha. Quem sabe ganho até um Nobel da literatura portuguesa.


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