O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que cumpre prisão domiciliar em Brasília, foi levado na tarde desta terça-feira (16) ao Hospital DF Star após passar mal, segundo confirmação feita pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), seu filho.
Bolsonaro apresentou uma crise forte de soluço, vômitos e queda significativa de pressão arterial, o que motivou a saída emergencial de sua residência no condomínio Solar de Brasília, onde é monitorado por policiais penais.
Acompanhado pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e pela equipe de policiais penais que vigiam sua casa, o ex-presidente recebeu atendimento médico imediato no Hospital DF Star.
Essa não é a primeira vez que Bolsonaro necessita de cuidados médicos na unidade hospitalar: no último domingo (14), ele realizou um procedimento cirúrgico para a retirada de oito lesões cutâneas no tronco e membro superior direito.
O procedimento foi realizado sob anestesia local e sedação, sem intercorrências, conforme boletim médico divulgado na ocasião.Exames laboratoriais feitos no domingo já haviam apontado quadro de anemia por deficiência de ferro e mostraram imagem residual de uma pneumonia recente por broncoaspiração. Desde então, Bolsonaro vinha recebendo tratamento, incluindo reposição de ferro por via endovenosa.
O boletim médico indicava que ele deveria seguir com o tratamento da hipertensão arterial, do refluxo gastroesofágico e medidas preventivas para broncoaspiração.
O senador Flávio Bolsonaro pediu orações para que a situação não seja grave, destacando a emergência do atendimento. A defesa do ex-presidente já acionou a equipe médica que o acompanha em São Paulo para avaliação da situação e possível deslocamento a Brasília, caso necessário.Até o momento, o hospital ainda não divulgou um novo boletim oficial sobre o estado atual de Bolsonaro após o atendimento desta terça-feira.
Este incidente ocorre em um momento delicado, visto que Bolsonaro cumpre prisão domiciliar determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) após condenação por crimes relacionados à tentativa de golpe de Estado pós-eleição de 2022, com pena de 27 anos e 3 meses de prisão em regime inicialmente fechado.
A autorização para deixar a prisão domiciliar para procedimentos médicos é uma condição imposta pelo STF e, em casos emergenciais, pode ser comunicada posteriormente pelas defesas.
Histórico médico do ex-presidente revela várias internações e cirurgias desde o atentado a faca sofrido em 2018, com complicações que incluem obstrução intestinal e procedimentos relacionados. A recente anemia por deficiência de ferro tem tratamento considerado eficaz, e a pneumonia residual está sendo monitorada.
Bolsonaro deve continuar sob avaliação médica próxima nos próximos dias, conforme o andamento dos exames e o resultado da biópsia das lesões cutâneas retiradas.

