Rússia diz que usará bombas nucleares em eventual guerra com Europa

O ex-presidente da Rússia e atual vice-presidente do Conselho de Segurança do país, Dmitry Medvedev, aliado próximo do presidente Vladimir Putin, fez uma declaração contundente nesta segunda-feira (29) sobre o uso de armas nucleares em caso de conflito com a Europa.

Declaração de Dmitry Medvedev

Medvedev advertiu que a Europa não pode se dar ao luxo de entrar em uma guerra contra a Rússia, pois, se isso acontecer, o conflito pode se transformar em uma guerra com armas de destruição em massa, incluindo nucleares. Em mensagem divulgada no Telegram, ele afirmou que a Rússia não deseja a guerra, mas existe o risco real de um “acidente fatal” que pode desencadear uma escalada nuclear.

Segundo ele, as potências europeias “simplesmente não podem se permitir uma guerra com a Rússia” e reforçou que a possibilidade de uso de armas nucleares é um risco absolutamente real se a situação evoluir para um confronto armado dessa magnitude.

Dmitry Medvedev fez essas declarações em um momento de elevada tensão entre Moscou e a Europa, em meio ao prolongado conflito entre Rússia e Ucrânia, que tem provocado reações militares e econômicas severas por parte da União Europeia e Otan. Medvedev chegou a afirmar anteriormente que a Rússia pode ser forçada a usar armas nucleares se a contraofensiva da Ucrânia e seus aliados ocidentais for bem-sucedida.

Reações e consequências

As manifestações de Medvedev, considerado mais provocador do que o próprio Putin, têm causado preocupação internacional. A retórica colocou em alerta países europeus e americanos, aumentando o risco percebido de uma escalada para um conflito de grandes proporções. Reações nos Estados Unidos foram imediatas, com o presidente Donald Trump ordenando o posicionamento de submarinos nucleares em regiões estratégicas como resposta a essas declarações.

Histórico de ameaças nucleares

Medvedev já havia causado controvérsia ao relembrar o sistema soviético de retaliação nuclear conhecido como “Mão Morta”, projetado para lançar mísseis nucleares automaticamente no caso da liderança russa ser destruída. Em julho deste ano, ele alertou que Moscou detém esse sistema poderoso, aumentando a tensão nas discussões geopolíticas com os EUA.

ConclusãoAs declarações de Dmitry Medvedev reforçam a tensa atmosfera em torno da guerra na Ucrânia e das relações entre Rússia e Europa. A ameaça de uso de armas nucleares, ainda que mantida como último recurso, representa um alerta severo para a comunidade internacional sobre o perigo iminente de um conflito devastador, ressaltando a necessidade urgente de diálogo e negociações de paz entre as partes envolvidas.


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