Ação do 18º BPM aconteceu na Colônia Juliano Moreira e apreendeu granadas, pistolas e carregadores
Uma operação da Polícia Militar na madrugada desta segunda-feira (13) resultou na prisão de 14 integrantes de uma milícia na Colônia Juliano Moreira, localizada em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio.
A ação, realizada pelo 18º BPM (Jacarepaguá) em conjunto com a Subsecretaria de Inteligência da PM, também levou à apreensão de um arsenal composto por 12 fuzis, uma carabina, duas pistolas, um revólver calibre 38, 43 carregadores de fuzil e duas granadas.
Segundo as autoridades, o material apreendido é capaz de quase mil disparos, e as armas são conhecidas como “Frankenstein” por terem sido montadas no Brasil com peças de diferentes origens, incluindo componentes de airsoft.
Todas as armas foram montadas no Brasil a partir de peças de airsoft e ferrolhos, sendo conhecidas como “Frankenstein” por serem feitas com componentes de diferentes origens.
De acordo com o secretário de Segurança Pública, os 12 fuzis apreendidos estão avaliados em cerca de R$ 1 milhão.
A operação, considerada “cirúrgica” pelos policiais, contou com monitoramento e planejamento rigorosos. Os suspeitos foram encontrados dormindo e não ofereceram resistência.

De acordo com o tenente-coronel Leonardo da Silveira, comandante do 18º BPM, o fato de o segurança estar distraído e o grupo estar dormindo contribuiu para o sucesso da ação. No mesmo local, os policiais ainda encontraram um desmanche clandestino de veículos roubados, que eram desmontados para revenda de peças na Barra da Tijuca, Recreio e Jacarepaguá.
O subsecretário de Inteligência da PM, coronel Uirá Ferreira, declarou que a milícia vem se expandindo na região desde 2021, envolvendo disputas territoriais e roubos de veículos. “Com esse armamento, em outros lugares eles seriam tratados como terroristas”, afirmou.
Três dos presos têm passagens por extorsão e envolvimento com milícias. O líder está preso em presídio federal, conhecido pelo apelido de “Boto”.
O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor Menezes, destacou o alto grau de periculosidade do armamento retirado das mãos dos criminosos e afirmou que a operação é resultado de um trabalho contínuo de inteligência, visando retirar armas de guerra do controle de organizações criminosas.

O governador Cláudio Castro reforçou a mensagem afirmando ser inaceitável o fácil acesso a esse tipo de armamento pelos criminosos.
Os 14 presos e o arsenal foram encaminhados para a 32ª Delegacia de Polícia (Taquara), onde os procedimentos legais foram iniciados e os envolvidos permanecem à disposição da Justiça.
Esta ação integra um conjunto de operações contra milícias e grupos armados que atuam na região da Zona Oeste do Rio de Janeiro, reafirmando o compromisso das forças de segurança em combater a criminalidade e garantir a tranquilidade da população.

