Cleiton da Silva Conrado passou mal após ingerir bebida ao lado da companheira dele, Jhenifer, que morreu no hospital
O surto de intoxicações por metanol no Brasil, concentrado principalmente no estado de São Paulo, já confirmou dez mortes, entre elas Cleiton da Silva Conrado, de 25 anos, morador de Osasco, Grande São Paulo.
Cleiton foi encontrado morto em sua casa em 23 de setembro e é a sétima vítima fatal do surto. Sua companheira, Jhenifer Carolina dos Santos Gomes, também foi vítima e morreu no hospital dias depois, após terem participado de um churrasco na casa de outra vítima, Daniel Antonio Francisco Ferreira que também morreu.
Vítimas fatais confirmadas em São Paulo
-Cleiton da Silva Conrado (25 anos, Osasco/SP)
Encontrado morto em casa no dia 23/09/2025. Bebidas adquiridas em uma adega próxima após churrasco na casa de Daniel. Exames indicaram 16 dg/L de metanol no sangue.
-Jhenifer Carolina dos Santos Gomes (companheira de Cleiton, Osasco/SP)
Levado ao hospital desacordada e faleceu dias após intoxicação.
-Daniel Antonio Francisco Ferreira (23 anos, Osasco/SP)
Faleceu no dia 25/09/2025. Participou do churrasco com Cleiton e Jhenifer, adquiriu bebidas alcoólicas na mesma adega.
-Ricardo Lopes Mira (54 anos, São Paulo/SP).
-Marcos Antônio Jorge Júnior (46 anos, São Paulo/SP).
-Marcelo Lombardi (45 anos, São Paulo/SP)
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-Bruna Araújo (30 anos, São Bernardo do Campo/SP).
-Leonardo Anderson (37 anos, Jundiaí/SP).
Além dessas mortes, houve um caso grave de Rafael Anjos Martins, de 28 anos, internado em coma desde 1º de setembro após ingerir gin adulterado comprado em adega na Cidade Dutra, Zona Sul de São Paulo.
A maioria das vítimas adquiriu bebidas adulteradas em adegas próximas às suas residências em São Paulo e região metropolitana, especialmente em Osasco, Cidade Dutra e locais próximos ao churrasco em que as bebidas foram compartilhadas.
O consumo esteve associado a uísque com energético e gin, todos contendo metanol em níveis tóxicos.
Dados oficiais do Ministério da Saúde
De acordo com o Ministério da Saúde, até o momento, o Brasil contabiliza 53 casos confirmados de intoxicação por metanol, com 10 mortes confirmadas, sendo 7 em São Paulo, 2 em Pernambuco e 1 no Paraná. Há mais casos sendo investigados e dezenas de suspeitas descartadas.
Mortes confirmadas por intoxicação por metanol também ocorreram em Pernambuco e no Paraná. As vítimas fatais e as circunstâncias conhecidas são as seguintes:
Pernambuco
Vítima falecida em Olinda/PE (nome não divulgado)
A Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco confirmou uma morte por intoxicação que está relacionada ao consumo de bebidas adulteradas com metanol. O caso foi registrado em Olinda, no estado, dentro do surto que envolve vários casos suspeitos. A vítima fazia parte de ao menos 27 notificações em investigação no estado. Os casos começaram a ser registrados a partir de 30 de setembro de 2025, com suspeitas ligadas a consumo de bebidas alcoólicas adulteradas em diversas cidades do estado, como Recife, Bodocó e Pedra.
Paraná
Mulher, 41 anos, de Curitiba/PR
Internada em estado grave desde 11 de outubro, a mulher faleceu em 22 de outubro. Ela possuía doenças crônicas e outras comorbidades que agravaram o quadro após a intoxicação por metanol.
Homem, 43 anos, de Almirante Tamandaré/PR (Região Metropolitana de Curitiba)
Internado com suspeita desde 20 de outubro, teve a intoxicação confirmada em 21 de outubro e faleceu no dia seguinte, 22 de outubro. Ele consumiu bebida alcoólica adulterada que continha metanol
Riscos do metanol
O metanol é um álcool usado industrialmente em solventes e outros produtos químicos, altamente perigoso quando ingerido. Ele é metabolizado no corpo gerando substâncias tóxicas que afetam o fígado, cérebro, medula e nervos ópticos, podendo causar cegueira, coma e morte súbita.

Os sintomas iniciam com dor de cabeça, visão turva, náusea e evoluem rapidamente para gravidade. A intoxicação por metanol requer atendimento médico urgente.As autoridades mantêm investigações para identificar a origem e distribuição das bebidas adulteradas e alertam sobre o risco de consumo de bebidas de procedência duvidosa, principalmente em adegas que não respeitam padrões sanitários.

