Vice-governadora falou sobre segurança durante o lançamento de uma operação integrada para o fim do ano. Celina também criticou ‘ausência’ federal durante megaoperação no Rio
A vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP), disse nesta terça-feira (4) que o governo do DF faz o monitoramento diário para evitar a instalação de facções criminosas na capital, especialmente nos presídios.
A vice-governadora afirmou que o DF mantém acompanhamento constante sobre movimentações relacionadas a transferências de presos para o presídio federal de Brasília e reforça o trabalho de inteligência nas regiões próximas.
“Há o combate, há uma inteligência sendo feita o tempo todo […] Não há um local aqui no DF aonde não entra a nossa segurança pública. Em todos os locais os nossos policiais entram. Então, não há uma instalação do crime organizado aqui”, disse Leão durante o lançamento da Operação Integrada de Segurança Pública de Final de Ano.
Na última quinta-feira (30), Celina se reuniu com outros cinco governadores, incluindo Claudio Castro (PL-RJ), para debater o combate ao crime organizado.
Os governadores reunidos aproveitaram o evento para críticar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, do governo federal.
A proposta do governo federal deve ser apreciada nas primeiras semanas de dezembro, segundo o presidente da Câmara dosDeputados, Hugo Motta (Republicanos-PB).
Os governadores anunciaram na reunião da semana passada a formação do que chamaram de “consórcio da paz” para combater a violência de forma coletiva.
Nesta quarta, Celina defendeu uma integração nacional entre as forças de segurança, com compartilhamento de informações e tecnologia entre os estados.
“A PEC tem essa questão da soberania dos estados. Então, poderia ter um uma dificuldade maior na aprovação, em ano pré-eleitoral. […] E o consórcio poderia ter assinatura de todos. Inclusive com a participação do próprio governo federal, que poderia ajudar no centro de inteligência, no centro de monitoramento. Eu acho que a proposta do próprio governo federal que poderia também agilizar um centro de inteligência, um centro de monitoramento” afirrmou.
A vice-governadora disse ainda que o tema deve ser debatido na próxima reunião do Fórum de Governadores, prevista para a semana que vem, e defendeu a participação do governo federal na articulação.
Celina defendeu que a segurança pública “não pode ser tratada como pauta ideológica”, e a cooperação entre estados e União seria “institucional e republicana”.
As declarações foram dadas durante o lançamento da Operação Integrada de Segurança Pública de Final de Ano, coordenada pela Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP-DF).




