Rajadas passaram de 80 km/h na estação do Inmet no Mirante de Santana, na Zona Norte da capital. Mais de 10 parques estaduais foram fechados temporariamente
Os ventos fortes deixaram um rastro de destruição na manhã desta quarta-feira (10) na capital e na Região Metropolitana de São Paulo: mais de 1,8 milhão de imóveis sem luz, queda de dezenas de árvores, fechamento de parques, voos cancelados e até consultas em hospital precisaram ser canceladas.
As rajadas de vento passaram de 80 km/h na estação do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) no Mirante de Santana, na Zona Norte da capital.
Segundo o mapa de energia da Enel, 1.822.546 clientes estavam sem energia na Grande São Paulo até as 14h15. Somente na capital, 1.175.145 imóveis permaneciam no escuro.
Os bairros Pinheiro e Sumaré, na Zona Oeste, e a avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini são algumas das regiões afetadas que estão sem luz, de acordo com relatos de motoristas e pedestres ouvidos pelo g1. Também há dezenas de semáforos desligados pela cidade.

O apagão chegou a comprometer o funcionamento do Hospital São Paulo, na Vila Clementino. Pacientes relatam que a unidade está sem energia desde as 22h de terça-feira (9), o que obrigou o reagendamento de consultas.
A concessionária informou que está sendo “afetada por fortes rajadas de vento desde a madrugada, com a entrada de um ciclone extratropical pelo Sul do País”. Também afirmou que em alguns pontos a rede elétrica foi atingida por objetos, galhos e árvores, prejudicando o fornecimento de energia.
No Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, 22 chegadas e 15 partidas foram canceladas, enquanto 4 voos com destino a Guarulhos foram alternados para Curitiba e Rio de Janeiro.
Já no Aeroporto de Congonhas, houve 10 voos alternados para outros aeroportos, 3 chegadas e 2 partidas canceladas por causa dos ventos fortes, segundo a concessionária Aena.

Somente nesta manhã, 57 árvores caíram na cidade de São Paulo. Segundo a prefeitura, “a combinação de ventos intensos com o solo encharcado pelas chuvas das últimas 48 horas aumenta o risco de queda”.
Enquanto o Corpo de Bombeiros informou que recebeu 514 chamados para quedas de árvores na capital e Grande São Paulo de 0h às 12h.
O transporte público também sentiu os efeitos das rajadas. A Linha 10–Turquesa da CPTM passou a operar com intervalos maiores devido a uma avaria na rede aérea — sistema que alimenta os trens — provocada pela queda de um cabo durante os ventos fortes, segundo a companhia.



