Ninistro do TSE, Benedito recebe tapinhas na cara dados por Lula ao dizer "missão dada, missão cumprida" em evento público

Câmara notifica Deltan Dallagnol e dá 5 dias para defesa contra cassação de mandato do TSE

Notificação foi publicada na edição do Diário Oficial da União desta terça-feira (23)

A Corregedoria da Câmara dos Deputados notificou o deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) sobre a cassação do registro de candidatura dele por meio da edição do Diário Oficial da União desta terça-feira (23). O ex-procurador da República tem cinco dias para apresentar a defesa.

A notificação foi publicada no Diário Oficial após a Corregedoria não conseguir encontrar o deputado federal de forma presencial. Ao todo, foram três tentativas de notificar Dallagnol sem sucesso.

O deputado teve o registro de candidatura indeferido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) após a Corte decidir que ele tentou burlar a Lei da Ficha Limpa parra concorrer nas eleições de 2022. Dallagnol disse que vai recorrer da decisão no Supremo Tribunal Federal (STF).

Com o registro indeferido pelo TSE, a Câmara iniciou o processo para declarar a perda de mandato do ex-procurador. O prazo para que ele possa apresentar defesa no processo começa no dia útil seguinte à notificação.

Após o término do procedimento, o processo é encaminhado para Mesa Diretora da Câmara que, segundo a Constituição, é o órgão responsável por declarar a perda do mandato.

Se a Mesa confirmar a decisão do TSE, o deputado Itamar Paim (PL) pode assumir o cargo.

Dallagnol teve o registro de candidatura cassado em decisão unânime e relâmpago, com todos os votos dados em menos de dois minutos.

Ninistro do TSE, Benedito recebe tapinhas no rosto, dados por Lula, ao dizer ao presidente:”missão dada, missão cumprida” em evento público. 

Os ministros do TSE seguiram o relator, ministro Benedito Gonçalves, que já foi alvo da Operação Lava Jato por suspeita de ligação com um dos empreiteiros presos pela força-tarefa coordenada pelo parlamentar quando atuava como procurador da República.

Como procurador, o deputado foi coordenador da força-tarefa da operação Lava Jato no Paraná.

Os ministros do TSE entenderam que ele pediu para deixar o cargo com a intenção de burlar a Lei de Inelegibilidade e a Lei da Ficha Limpa.

As normas não permitem candidatura de quem deixa o Judiciário ou o Ministério Público para escapar da pena. No caso, Dallagnol nao não havia nenhum PAD instaurado, quando ele pediu demissão.

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