Gabriela Hardt deixa Lava Jato em definitivo

A juíza Gabriela Hardt, que substituiu Sergio Moro na 13ª Vara Federal de Curitiba e ainda atuava como substituta no local, deixará em definitivo as ações da vara — e, por consequência, dos casos da operação Lava Jato. A decisão foi anunciada nesta segunda-feira (19) pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).

Hardt passará a atuar na 3ª Turma Recursal do Paraná. Para a 13ª Vara Federal de Curitiba, foram chamados os juízes federais Fábio Nunes de Martino, que atualmente atua na 1ª Vara de Ponta Grossa, e o juiz federal substituto Murilo Scremin Czezacki, da 2ª Vara de Cascavel. Ambos atuarão no local a partir de hoje.

A decisão ocorre em um momento de esvaziamento da vara, que concentrou os casos desde o início da operação, em 2014. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que faz uma correição na seção, avalia transformar a pasta exclusiva para casos previdenciários. A perda do controle sobre os casos da Lava Jato — que seria distribuída a outros juízes — poderia permitir a volta do juiz federal Eduardo Appio ao cargo, quase um mês após seu afastamento.

Hardt condenou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a 12 anos e 11 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro na ação penal que do sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP). O petista foi sentenciado por receber, segundo as investigações, R$ 1 milhão em propinas referentes às reformas do imóvel, que estava em nome de Fernando Bittar, filho do amigo e ex-prefeito de Campinas, Jacó Bittar. Segundo a sentença, as obras foram custeadas pelas empreiteiras OAS, Odebrecht e Schahin.

 

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