Nojo de Gilmar enoja

O ainda e até sempre, se o Senado Federal omisso não colocar para frente, pedidos de afastamento do cargo do ministro Gilmar Mendes do Supremo Tribunal Federal (STF), como o do jurista e professor da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), Modesto Carvalhosa que elencou ao menos nove razões para demonstrar que Gilmar Mendes “sistemática e reiteradamente abusa do cargo e das funções que exerce, cometendo os mais variados delitos, teremos que ter o desprazer de ver esse sujeito destilar seu ódio, como bem disse Roberto Barroso, num misto de psicopatia, maldade e atraso.

Gilmar teve a capacidade de dizer que tem nojo do sistema utilizado por Sérgio Moro e Deltan Dallagnol para condenar o atual presidente da República por diversos crimes de corrupção.

Ao defender a criação do chamado “juiz de garantias”, algo que deve atrasar ainda mais a lenta justiça, disse que o modelo é a chance de acabar com o esquema Moro-Dallagnol”, referindo-se a operação Lava-Jato.

“O que se está oferecendo ao Brasil é uma fuga para frente, de não repetir mais esse modelo Moro-Dallagnol, força-tarefa, Bretas. Dá asco, dá nojo. Alguém é capaz de subscrever isso, alguém diz que esse é um bom modelo?”

Gilmar segue destilando ódio ao combate à corrupção e finge não gostar de dinheiro apesar de sua fortuna pessoal.

“É uma peculiaridade marcante do Brasil, produziu esses combatentes de corrupção que gostam imensamente de dinheiro. Dallagnol inclusive viaja para o exterior e disse que já no avião começou a receber Pix. É um novo fenômeno da espiritualidade.”

Gilmar vive viajando para o exterior, montou filial de sua instituição de ensino em Portugal para onde viaja com frequência absurda e tem gastos estratosféricos se comparados ao de Deltan Dallagnol.

A inércia de senadores, nata da corrupção no Brasil, é propositada.  O deboche em tom de escárnio da fala de Gilmar Mendes demonstra que o sujeito tem plena certeza de sua impunidade, pois sabe que os malfadados marginais que formam a maioria dos senadores, coadunam com seus crimes por garantir-lhes também impunidade.

Em maio, depois de mais uma verborragia de Gilmar no programa Roda Viva, Dallagnol reagiu acusando o magistrado de votar “sistematicamente em favor da absolvição e anulação de sentenças de corruptos”.

Dentro do próprio Supremo, Gilmar é visto com os olhos de quem daqui de fora consegue compreender a dimensão que o magistrado faz ao país.

Em bate boca com o também ministro Roberto Barroso, Gilmar teve de ouvir:

Me deixa de fora desse seu mau sentimento. Você é uma pessoa horrível. Uma mistura do mal com atraso e pitadas de psicopatia. Isso não tem nada a ver com o que está sendo julgado. É uma absurdo V. Exa. aqui fazer um comício, cheio de ofensas, grosserias. V. Exa. não consegue articular um argumento. Já ofendeu a presidente, já ofendeu o ministro Fux, agora chegou a mim. A vida para V. Exa. é ofender as pessoas. Não tem nenhuma ideia. Nenhuma. Só ofende as pessoas. Qual é sua ideia? Qual é sua proposta? Nenhuma! É bílis, ódio, mau sentimento, mal secreto, uma coisa horrível. V. Exa. nos envergonha, V. Exa é uma desonra para o tribunal. Uma desonra para todos nós. Um temperamento agressivo, grosseiro, rude. É péssimo isso. V. Exa. sozinho desmoraliza o Tribunal. É muito penoso para todos nós termos que conviver com V. Exa. aqui. Não tem ideia, não tem patriotismo, está sempre atrás de algum interesse que não o da Justiça. Uma vergonha, um constrangimento.”

O nojo proclamado por Gilmar nos remete à podridão de um Senado Federal comandado por sujeitos sem o menor pudor, daqueles tipos desavergonhados que  sentam o rabo sujo, onde escondem dinheiro vivo roubado de quem os elegeu, em cima dos muitos pedidos de impedimento de integrantes da Suprema Corte.

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