Integrantes da bancada do partido na Câmara aproveitaram o domingo (10) para lavar a roupa suja e WhatsApp foi travado
Segundo o jornal O Globo, mensagens de um grupo no WhatsApp mostram que alguns parlamentares protagonizaram uma discussão acalorada, com direito a xingamentos e ameaça de saída da legenda.
O jornal diz que a discussão esquentou quando deputado Vinícius Gurgel (PL-AP) começou a reclamar da perseguição sofrida pelos 20 parlamentares que votaram a favor da reforma nas redes sociais.
“Só não fico ofendendo nas redes sociais quem vota de um jeito, então peço respeito, cada um tem seu eleitor!”, escreveu o deputado. “Não sou esquerda e nem de direita, sou conservador somente! Se quiserem pedir minha suspensão de comissões, expulsão, do jeito que vier tá bom! Não é comissão que vai me eleger!”, acrescentou.
“Não sei por que tanto choro […] Se tinham tanta certeza do voto, por que estão se explicando até agora?”, rebateu a deputada Julia Zanatta (PL-SC), fiel apoiadora de Bolsonaro, que confirmou a briga a O Globo.
Em meio às trocas de acusações e xingamentos, Gurgel disse que o PL parecia um “casamento forçado” e lamentou a entrada da ala bolsonarista no partido.
Alinhado a Zanatta, o deputado Carlos Jordy (PL-RJ) afirmou que o PL não vai retroagir.
“O caminho é consolidar-se como o maior partido conservador, de direita, de oposição no Brasil. E aqueles que não aceitam essa posição devem sair do partido”, disse.
O líder da sigla na Câmara, deputado Altineu Côrtes (PL-RJ), chegou a bloquear o grupo, impedindo os membros de enviarem novas mensagens. O parlamentar também afirmou aos colegas que levaria a situação ao presidente da legenda Valdemar Costa Neto e a Jair Bolsonaro.