embarcação do senegal

Barco com 200 imigrantes desaparecidos pode er sido encontrado pela Espanha

Três barcos de imigrantes do Senegal para as Ilhas Canárias, na Espanha, desapareceram, na rota de migração atlântica, usada por migrantes e uma das mais mortais do mundo

Um avião de reconhecimento espanhol encontrou o que poderia ser uma embarcação de pesca do Senegal com cerca de 200 imigrantes a bordo e que está desaparecida há quase duas semanas, informou o serviço de resgate marítimo nesta segunda-feira (10).

“O avião encontrou um grande barco com cerca de 200 pessoas a bordo, há 71 milhas ao sul de Gran Canaria [uma ilha espanhola]”, disse um porta-voz do serviço à Reuters, acrescentando que é “possível” que seja a embarcação desaparecida.

Um navio de resgate estava a caminho e levaria cerca de duas horas e meia para chegar ao local, acrescentou o porta-voz. A condição dos migrantes era desconhecida.

300 pessoas que viajavam em três barcos de imigrantes do Senegal para as Ilhas Canárias, na Espanha, desapareceram, disse o grupo de ajuda Walking Borders no domingo.

Dados da Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira Frontex mostram que 1.135 migrantes originários do Senegal chegaram às Canárias neste ano.

A rota de migração África Ocidental-Atlântico é considerada uma das mais mortais do mundo. Pelo menos 543 migrantes morreram ou desapareceram nessa jornada apenas em 2022, de acordo com a Organização Internacional para Migração (OIM) da ONU.

A OIM diz que houve 45 naufrágios na rota durante esse período, mas reconhece que o número é “provavelmente subestimado” porque os dados são escassos e incompletos.

A maioria dos que fazem a viagem são de Marrocos, Mali, Senegal, Costa do Marfim e outras partes da África Subsaariana, diz a OIM.

Segundo a OIM, a rota mais mortal do mundo para os migrantes é a do Mediterrâneo Central. Estima-se que mais de 19,5 mil pessoas morreram tentando atravessar o Mar Mediterrâneo do norte da África para a Europa desde 2014.

As tentativas de travessia geralmente ocorrem em embarcações improvisadas e superlotadas, como botes de borracha, que tornam a viagem perigosa e potencialmente mortal.

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