Gabriela Anelli, de 23 anos, foi atingida por garrafa durante briga entre torcedores do Palmeiras e do Flamengo, em São Paulo
A Polícia Civil de São Paulo informou nesta terça-feira (25) que identificou e prendeu um torcedor do Flamengo suspeito de ter matado a palmeirense Gabriela Anelli, de 23 anos, que foi atingida por uma garrafa de vidro durante uma confusão entre torcidas no entorno do estádio em 8 de julho.
Segundo o Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), Jonathan Messias Santos da Silva é o homem com barba que aparece em vídeo de uma câmera de segurança atirando uma garrafa. Ele foi encontrado no bairro de Campo Grande.
Ainda conforme a polícia, o homem será apresentado na unidade policial do Rio de Janeiro e, em seguida, será levado para a delegacia de São Paulo.
A equipe de perícia do DHPP de São Paulo fará nos próximos dias a reconstituição virtual do momento da confusão entre as torcidas do Palmeiras e Flamengo. No dia 15 de julho, policiais do DHPP estiveram na Rua Padre Tomás, onde a vítima foi atingida pela garrafa.
“Equipes do DHPP estiveram no local, onde isolamos e, com base em todas as imagens que já tivesses acesso, será feito pela perícia do DHPP a reconstituição virtual do momento dos fatos. O objetivo é identificar o que cada um fazia no momento do tumulto e de onde exatamente partiu a garrafa e que cujo estilhaço atingiu fatalmente a torcedora Gabriela”, afirmou a delegada Ivalda Aleixo, chefe do DHPP.
Gabriela era frequentadora assídua do Allianz Parque e costumava ir ao local com os pais. Segundo o pai dela, o Palmeiras era a vida dela.
“A diversão dela era praticamente essa. Aos finais de semana, as viagens que ela fazia. Foi a forma que ela se encontrou. Tem meninas da idade dela que gostam de ir em baile funk, de gostam de ir para sertanejo, ela gostava do Palmeiras. A vida dela era essa. Palmeiras, e a torcida. Era isso”, disse Ettore Amarchiano Neto.
A mãe da jovem também afirmou que Gabriela já tinha passado por cirurgias e superado diversos problemas de saúde ao longo da vida.
“Não foi o problema de saúde que ela tinha que matou ela, foi uma garrafa que cortou a jugular dela”, disse Dilcilene Prado Anelle dos Santos.
Os dois também estavam no estádio e só souberam do ocorrido quando a filha estava na Santa Casa.
“Nós participamos do jogo também, estávamos aguardando por ela porque a gente ficou junto com a Mancha, só que ela não chegou a entrar no estádio. Eu fiquei sabendo quando acabou o jogo, porque não tinha sinal de celular lá dentro, uma ligação. Nisso, ela já tinha sido operada, já estava descendo pra UTI.”