Presidente do Brasil não condenou intenção de Maduro que segundo especialistas determina resultado previamente e pode iniciar guerra
Os eleitores venezuelanos votam neste domingo (03) em um referendo no qual vão dizer se querem que a região de Essequibo, que hoje pertence à Guiana, seja incorporada à Venezuela.
Especialista em relações internacionais acreditam que o resultado é de cartas marcadas em favor da invasão pretendida pelo ditador Nicolas Maduro que é suspeito de manipular eleiçõesque sempre ganha, apesar da miséria do povo e assassinatos de opositores.
Segundo o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), os venezuelanos vão votar a favor de seu presidente: “O referendo vai dar o que o Maduro quer. Mas vamos ver o que vai dar”. Lula limitou-se a dizer que é preciso que os dois países conversem ao invésde uma guerra.
O Ministério da Defesa do Brasil ampliou a presença militar na região do território brasileiro perto da fronteira e diz que está acompanhando as discussões.
O presidente da Guiana, Irfaan Ali, planeja estabelecer bases militares com apoio estrangeiro. Recentemente, ele foi ao território de Essequibo com militares e esperava receber equipes do Departamento de Defesa na capital do país, Georgetown.
O território de Essequibo, uma área maior que a da Grécia, é disputado pela Venezuela e Guiana há mais de um século. Desde o fim do século 19, está sob controle da Guiana. A região representa 70% do atual território da Guiana e lá moram 125 mil pessoas.
Na Venezuela, a área é chamado de Guiana Essequiba. É um local de mata densa e, em 2015, foi descoberto petróleo na região. Estima-se que na Guiana existam reservas de 11 bilhões de barris, sendo que a parte mais significativa é “offshore”, ou seja, no mar, perto de Essequibo. Por causa do petróleo, a Guiana é o país sul-americano que mais cresce nos últimos anos.
Tanto a Guiana quanto a Venezuela afirmam ter direito sobre o território com base em documentos internacionais
Enquanto a Venezuela afirma que o ex-território inglês é dela desde um acordo recente firmado em 1966 com o Reino Unido, antes da independência de Guiana, no qual o laudo arbitral foi anulado unilateralmente, a Guiana insiste na validade do laudo centenário de 1899, feito em Paris, no qual foram estabelecidas as fronteiras atuais, e que nunca tiveram sob o poder, leis ou administração venezuelanas.