Manifestação foi convocada pelo ex-presidente em defesa da liberdade
Sem citar as prisões impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) aos manifestantes de 8 de janeiro e outros opositores de ministros da esquerda do STF, o ex-presidente Jair Bolsonaro convocou uma manifestação que lotou a Avenida Paulista neste domingo.
Os manifestantes foram orientados pelo ex-presidente a não levar faixas ou cartazes com nenhum tipo de crítica a ninguém para evitar novas prisões.
Mas todos sabem que os manifestantes são parte de um movimento que critica o STF por ter soltado o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva da prisão e anulado duas condenações, além de oito processos em andamento que poderiam resultar em novas penas para ó então presidiário.
Bolsonaro chegou à Paulista de carro junto com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Também participam do ato a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, os governadores de Minas Gerais Romeu Zema (Novo), de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), além de parlamentares aliados e do pastor Silas Malafaia.
Por volta de 16h, o ato ocupava toda a extensão da Avenida Paulista
O ex-presidente deve discursar em um carro de som estacionado perto do Museu de Arte de São Paulo (Masp).
Ex-ministro de Bolsonaro e eleito governador de SP com o apoio dele, Tarcísio de Freitas agradeceu o ex-presidente, a quem chamou de amigo.
“Eu não vou chamar nem de presidente agora, vou chamar de Bolsonaro, meu amigo Bolsonaro. Você não é mais um CPF, você não é mais uma pessoa, você representa um movimento”, afirmou.
Tarcísio também fez elogios ao governo de Bolsonaro e disse que o público “estava com saudade de vestir o verde e amarelo.”
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tornou Bolsonaro inelegível até 2030 sob alegação de que houve ataques sem provas ao sistema eleitoral durante reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada em julho de 2022 e por considerar que houve abuso de poder político e econômico durante as celebrações dos 200 anos da independência.
A manifestação foi convocada pelo ex-presidente em meio às investigações das cortes superiores sobre a participação dele em uma suposta tentativa de golpe de Estado.