Ministro da Fazenda do Brasil discursou na abertura do G20 em São Paulo. Presidente do Banco Central do Brasil (BC), Roberto Campos Neto também discursou
O ministro da Fazenda do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Fernando Haddad afirmou nesta quarta-feira (28) que pretende discutir uma taxação global mínima sobre a riqueza durante o encontro do G20.
Ele discursou na abertura das reuniões de ministros de Finanças e de presidentes dos bancos centrais do grupo, que acontecem hoje e amanhã em São Paulo. O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, também discursou.
Diagnosticado com Covid-19 Haddad participou do evento pela Inter e disse que uma tributação mínima global sobre a riqueza “poderá constituir o terceiro pilar para a cooperação tributária internacional“.
“… precisamos fazer com que bilionários do mundo paguem sua justa contribuição em impostos”, afirmou Haddad.
Durante o discurso, o ministro afirmou que houve uma “confusão” da integração econômica global com a liberalização de mercados, a flexibilização das leis trabalhistas, a desregulamentação financeira e a livre circulação de capitais.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que são políticas macroeconômicas sólidas que sustentam o ambiente no qual o crescimento de longo prazo pode ser mantido e as lacunas sociais podem ser reduzidas. Ele também destacou o papel dos bancos centrais em alcançar a estabilidade de preços.
“Há muitas evidências que comprovam que a inflação impacta negativamente os níveis de pobreza. Ela prejudica desproporcionalmente os mais vulneráveis, aprofundando as lacunas sociais e as desigualdades existentes…” e ” Reduzir a inflação tem custos, mas adiar a restauração da estabilidade de preços pode aumentar ainda mais o sacrifício necessário para reduzir os preços e prejudicar ainda mais os mais vulneráveis”, disse Campos Neto.
O presidente do BC disse que manutenção da inflação em níveis baixos, estáveis e previsíveis é o caminho para reduzir as desigualdades sociais.
O G20 reúne as principais economias do mundo, além da União Europeia e da União Africana.
O Brasil está na presidência rotativa do grupo desde dezembro do ano passado e fica até novembro deste ano, com a cúpula de chefes de Estado, também no Rio de Janeiro.
O Grupo dos 20, ou G20, é uma organização que reúne ministros da Economia e presidentes dos bancos centrais de 19 países e de dois órgãos regionais, União Europeia e a União Africana.
Juntas, as nações do G20 representam cerca de 85% de toda a economia global, mais de 75% do comércio mundial e cerca de dois terços da população mundial.
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