Site da Cruz Vermelha mantém afastado judicialmente da função como presidente. Julio Cals de Alencar, tem sido visto diariamente nas instalações da sede da Cruz Vermelha Brasileira em Brasília
Uma denúncia enviada ao BSB Revista, diz que o presidente da Cruz Vermelha no Brasil, Julio Cals de Alencar, afastado da função por decisão judicial, tem sido visto diariamente nas instalações da sede da Cruz Vermelha Brasileira. Além disso, segundo fontes, Julio Cals de Alencar, se utiliza de veículos da instituição e participa de eventos.
Em uma rápida checagem do BSB Revista foi possível ver que o site da Cruz Vermelha no Brasil, mantém como presidente Julio Cals, apesar de afsatado pelo conselho de ética da entidade e pela Justiça. Clicando aqui é possível ver quem pé o presidente, segundo o site da entidade.
Julio Cals de Alencar, foi afastado da entidade suspeito de desvio de conduta e práticas ilícitas durante sua gestão. A primeira decisão pelo afastamento foi tomada pelo juiz Alfeu Machado, em liminar proferida em setembro, a partir de pedidos das filiais da entidade de Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Norte.
Em fevereiro deste ano, nova decisão judicial afastou novamente Julio Cals de Alencar da Cruz Vermelha.
A Justiça pelo afastamento temporário de Júlio Cals da presidência da Cruz Vermelha Brasileira, em decorrência de uma série de irregularidades apontadas durante sua gestão. A decisão foi proferida em conjunto pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDF) e pela Justiça do Rio de Janeiro, que endossaram a expulsão determinada pela Comissão de Ética da entidade.As acusações contra Júlio Cals incluem má gestão financeira, desvio de recursos, nepotismo e falta de transparência. O afastamento ocorreu após uma série de denúncias e investigações sobre a conduta administrativa da Cruz Vermelha Brasileira, que levantaram suspeitas sobre o uso indevido de verbas destinadas a programas humanitários e contratações irregulares de familiares para cargos na instituição.
Mas segundo a denúncia recebida pelo BSB Revista a decisão judicial nunca foi cumprida pela entidade.
Leia a denúncia na íntegra:
Por meio desta comunicação, gostaria de relatar uma situação de descumprimento de uma medida judicial, conforme estabelecido em uma liminar emitida pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, no processo de número 0701586-25.2024.8.07.0000.
Informo que a pessoa em questão está atualmente afastada da presidência da Cruz Vermelha Brasileira – Órgão Central, com a obrigação de não realizar qualquer atividade que seja reservada ao presidente da instituição. Tal descumprimento acarreta uma multa com o limite de R$200.000,00 (duzentos mil reais). Essa proibição se estende não apenas às responsabilidades da presidência, mas também a qualquer função reservada aos membros da organização.
Observamos que a pessoa em questão, referida como Julio Cals de Alencar, tem sido vista diariamente nas instalações da sede da Cruz Vermelha Brasileira – Órgão Central, localizada no Setor Comercial Sul (SCS), quadra 6, bloco A, nº 157, salas 502 e 503, Edifício Bandeirantes, Asa Sul, CEP 70300-910. Essa presença viola as medidas judiciais mencionadas, o que pode ser confirmado através de imagens das câmeras de segurança tanto do condomínio do edifício quanto das instalações da Cruz Vermelha.
Portanto, é crucial que as autoridades policiais realizem as diligências necessárias para verificar esse descumprimento, seja pessoalmente ou obtendo evidências das câmeras de segurança mencionadas.
Além disso, no dia 06 de maio de 2024, Julio Cals de Alencar utilizou veículos da entidade para realizar uma mudança pessoal, o que configura outro exemplo de uso indevido dos recursos e estrutura da Cruz Vermelha, em desacordo com a decisão judicial.
Segundo a denúncia os funcionários se sentem intimidados com a presença de Julio Cals no comando da entidade.
A crise interna na Cruz Vermelha brasileira está tão grave, segundo a denúncia, que as ações estão totalemte desarticuladas na instituição.
Somente ontem, mais de uma semana após o início dos temporais no Rio Grande do Sul, por exemplo, passaram a ser alvo de debates e ainda não houve ação efetiva da Cruz Vermelha nacional no estado. Apenas a Cruz Vermelha gaúcha está se virandp sozinha no apoio aos órgãos públicos para enfrentar a catástrofe.
A Cruz Vermelha nacional anunciou, nesta quarta-feira (8), que irá reforçar a filial da organização em Caxias de Sul e atender todo o Rio Grande do Sul por, pelo menos, os próximos três meses, mas até hoje, dia (9), nada foi feito pela entidade nacional.