Celina Leão incentiva capacitação e fortalecimento do empreendedorismo feminino no DF

Capacitação incentiva mulheres a saírem do ciclo de violência doméstica e da situação de vulnerabilidade social

A vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, publicou em suas redes sociais algumas iniciativas do GDF voltadas à capacitação profissional e ao fortalecimento do empreendedorismo feminino.

Celina destacou a necessidade da atenção especial do governo para mulheres em situação de vulnerabilidade social e violência.

Sabemos da dificuldade que é para uma mulher se qualificar profissionalmente, principalmente quando está passando por uma situação difícil. Por isso, o nosso governo, com a SEJUS-DF, está promovendo este banco de talentos para capacitar as mulheres do DF e, assim, promover e fortalecer o nosso empreendedorismo feminino,” afirmou Celina Leão em sua publicação.

Em parceria com a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus), o governo do Distrito Federal está promovendo o Banco de Talentos, um projeto que visa apoiar e fortalecer a economia das mulheres no DF.

O que é o projeto “Banco de Talentos” do Distrito Federal?

O Banco de Talentos oferece suporte às mulheres em situação de vulnerabilidade social e violência com oficinas de qualificação profissional.

A Feira de Talentos, promovida pela Sejus, oferece espaços gratuitos para a comercialização de serviços e produtos confeccionados pelas empreendedoras participantes do projeto. Esta iniciativa faz parte do programa GDF Mais Perto do Cidadão, que ocorre nas regiões administrativas, incentivando as mulheres exporem seus trabalhos em tendas específicas.

A participação na feira é voluntária, não criando qualquer vínculo empregatício ou relação de trabalho. A responsabilidade pela arrecadação e gestão das vendas de serviços e produtos comercializados é exclusiva de cada empreendedora, enquanto a Sejus articula a viabilidade do espaço físico para incentivar o empreendedorismo.

Como participar:

As mulheres interessadas em participar do projeto podem ingressar por encaminhamento da Sejus, de quaisquer órgãos da rede de proteção à população do DF e Entorno, ou por iniciativa própria. Para isso, é necessário instaurar um processo no SEI à Subsecretaria de Apoio a Vítimas de Violência (Subav), com nível de acesso restrito, ou solicitar via e-mail ao endereço subav@sejusdf.gov.br.

As candidatas devem fornecer, além de informações pessoais ou do empreendimento, imagens dos produtos e serviços oferecidos.

As mentorias, oficinas e cursos são realizados em parceria entre a Sejus e órgãos, entidades ou profissionais habilitados, nos núcleos de atendimento do programa Direito Delas, com o objetivo de aprimorar e qualificar as participantes do projeto.

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) divulgou no dia 6 de maio, o relatório anual sobre violência doméstica e familiar contra a mulher. Os dados são referentes ao ano de 2023, e demonstram um pico histórico de processos.

O número de inquéritos policiais (IP) e termos circunstanciados (TC) aumentou em 22%, passando de 14.942, em 2022, para 18.181 em 2023. Esse é o maior valor desde 2006.

Desse total, 3313 casos ocorreram em Ceilândia, cidade do DF que mais registrou ocorrências de violência contra a mulher. Em seguida, vem Brasília, com 2318, e Planaltina, com 1374. O crime mais cometido foi o de lesão corporal (9900 IPs e TCs), seguido de ameaça (7639) e injúria (5919).

No último ano, o MPDFT ofereceu 5995 denúncias em feitos de violência doméstica, o que representa um aumento de 6,3% em relação a 2022, quando foram oferecidas 5638 denúncias. Houve um aumento de 5205,31% em relação a 2006, ano em que o MPDFT ofereceu 113 denúncias.

O número de medidas protetivas de urgência recebidas pelo MPDFT também subiu. Em 2023, foram 17.303, um aumento de 15% em relação ao ano anterior. Os requerimentos de prisão subiram 50%, enquanto os requerimentos de medida protetiva formulados pelo Ministério Público do DF caíram em 8,1%.

Os números mostram que as denúncias aumentaram, mas segundo especialistas um dos motivos é a concientização das mulheres sobre seus direitos e a possibilidade de cortar o ciclo de violência a que são submetidas, com as ofertas de alternativas públicas, como as capacitações profissionais.

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