Bioma já registrou o 2º maior índice de incêndios desde 2010, atrás apenas de 2020
Apesar daz críticas que a esquerda brasileira e internacional fizeram nos desastres ambientais no Pantanal em 2020, contra o mandatário naquele momento, Jair Bolsonaro (PL), as mesmas mazelas voltam no governo de extrema-esquerda de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com a mesma força de destruição, mas com silêncio sepulcral da mídia e dos ativistas.
Neste ano, a temporada das chamas sob o governo Lula chegou mais cedo e com muita força em Mato Grosso do Sul e no Mato Grosso.
Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), os dados também revelam que, em 2024, o Pantanal já tem o 2º maior índice de incêndios desde 2010, atrás apenas de 2020, quando o fogo consumiu 26% do bioma devastando uma área de 4 milhões de hectares.
Os focos de incêndio nos seis primeiros meses de 2024 aumentaram 1025% se comparados ao mesmo período de 2023, que jáhavia registrado tragédias com os ativistas calados e a imprensa muda.
Mato Grosso do Sul detém 60% do Pantanal no Brasil e já registrou 698 focos, entre janeiro e junho de 2024. No ano passado, foram 62 no mesmo período.
Já em Mato Grosso, que guarda o restante, 40% do bioma, foram 495 focos de incêndio em 2024, contra 44 em 2023.
A tragédia ambiental pantaneira neste ano já soma 1193 focos de incêndio entre 1º de janeiro e 7 de junho.
Para agravar a situação da fauna e da flora, o rio Paraguai já registra seca recorde neste ano com mais de 2 metros abaixo da média.
O rio Paraguai forma a principal bacia do bioma, por onde trafegam as chalanas.
O Corpo de Bombeiros deflagrou a Operação Pantanal desde abril para tentar reduzir o impactdaa chamas. Segundo a corporação, no último dia 4, equipes conseguiram conter o fogo em três parques estaduais na região: Pantanal do Rio Negro (Pantanal); Nascentes do Taquari (Cerrado); e Várzeas do Rio Ivinhema (Mata Atlântica).
Uma aeronave do governo do estado é usada para identificar e direcionar o combate às chamas.
Porque a seca está fora de controle no Pantanal, mesmo com a esquerda no poder?
A falta de chuva tem afetado a principal bacia do bioma, o Rio Paraguai, que abrange 48% do estado do Mato Grosso e 52% do Mato Grosso do Sul, o óbvio.
As secas no período governado no Brasil pela direita foram utilizadas como armas contra o então presidente com informações falsas de todos os ripos veiculadas pelos mesmos orgãos de imprensa e propagadas por ativistas e artistas famosos.
Com Lula no poder, parece que os jornais entenderam que trata-se de aquecimento global, intempéries e outras causas. Lula está sendo poupado por seus asseclas que detém a comunicação.
Mas , segundo levantamentos do Serviço Geológico do Brasil (SGB), o nível do rio em Ladário – cidade vizinha à Corumbá – tem registrado quedas ou estabilidade na medição há cerca de um mês.
O órgão aponta que, para este período, a média histórica do nível do rio em Ladário era de 3,85 metros. Na última sexta (7), a régua de Ladário marcava 1,38 cm. Ou seja, o rio Paraguai estava 2 metros e 47 cm abaixo do esperado.
Greta Thunberg ainda não sabe que o Pantanal está em chamas. Leonardo DiCaprio, que publicou texto nas redes sociais criticando o então presidente Jair Bolsonaro diante do aumento dos incêndios na Amazônia em 2019 e 2020, também se esqueceu do Brasil ou finge não saber.
O que está acontecendo hoje é resultado de um processo que começou no final de 2023. Ano passado, governo Lula, o El Niño forte fez com que o final do período seco se prolongasse.
No começo deste ano, também governo Lula, os níveis dos rios estavam muito baixos, e a estação chuvosa foi toda muito fraca. Segundo os cientistas que agora, não culpam o presidente do momento, os alertas são grandes e pode-se sim fazer algo para conter a tragédia.
Como estamos ainda no pré-período de seca, em uma antecipação do aumento das chamas, um problema mais grave pode estar por vir.
A seca está prevista para ocorrer entre setembro e outubro e aí sim, as coisas podem esquentar muito.
O volume de chuvas está muito abaixo da média histórica, com valores de precipitações acumuladas entre 0 e 30 milímetros até aqui.
Na análise do número de dias com chuvas abaixo de 1 mm, foi constatado que grande parte dos municípios apresentaram mais de 25 dias sem ocorrência de chuvas ao longo de maio. As previsões para junho seguem na mesma esteira de seca e umidade baixa, o que expõe o solo facilmente ao fogo.
Em 13 de maio deste ano, a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) declarou “situação crítica de escassez” na bacia do rio Paraguai. A decisão, válida até outubro, foi embasada diante do cenário crítico e da queda drástica do nível d’água do rio, por toda extensão.
O comunicado da ANA apontou que “o nível d’água do rio Paraguai em abril de deste ano atingiu o pior valor histórico observado em algumas estações de monitoramento ao longo de sua calha principal, sendo que o cenário de escassez ocorre desde o início deste ano na Região Hidrográfica do Paraguai”.
Além das perdas para o meio ambiente, a escassez do rio já afeta outros setores da sociedade. A ANA elencou os problemas ocasionados com o baixo nível.
Um deles sã9 os impactos aos usos da água, sobretudo em captações para abastecimento de água – especialmente em Cuiabá (MT) e Corumbá (MS); o impedimento na navegação; os baixos aproveitamentos hidrelétricos a fio d’água (neles, as vazões que chegam são praticamente iguais às que saem dos reservatórios); a complicação para atividades de pesca, turismo e lazer.
A resolução da ANA sobre a escassez no rio Paraguai tem vigência até 31 de outubro, quando está previsto o fim do período seco na bacia, mas a medida pode ser prorrogada.
O WWF (World Wildlife Fund) levantou um alerta para a escalada no número de focos de incêndio neste ano. Segundo a ONG, os dados de 2024 são os piores desde 2020, quando o Pantanal sofreu com o maior período de incêndio já registrado.
De acordo com o monitoramento feito pelo Inpe, 2020 foi o ano que teve mais registros de fogo no Pantanal desde o fim da década de 1990.
Um estudo realizado por 30 pesquisadores de órgãos públicos, universidades e ONGs estimou que, naquele ano, ao menos, 17 milhões de animais vertebrados morreram em consequência direta das queimadas no Pantanal.
Emergência ambiental
Mato Grosso do Sul e Mato Grosso já estão em situação de seca, segundo apontou relatório da ANA. Desde abril deste ano, a União incluiu o Pantanal em risco ambiental.
Pela portaria, consta que há declaração de emergência de março a outubro para as regiões centro-norte e leste de Mato Grosso do Sul; de maio a dezembro, para o Pantanal e no sudoeste do estado.
Também em abril, o governo de Mato Grosso do Sul assinou decreto de “Estado de Emergência Ambiental”. A medida foi tomada levando em consideração as mudanças climáticas que afetam todo o mundo e para precaver a temporada de queimadas no estado neste ano.
No mesmo mês, os governos de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e governo federal assinaram um termo de cooperação e defesa, proteção e desenvolvimento sustentável do Pantanal.
O desmatamento no Pantanal, cuja trajetória é marcada por altos e baixos, teve queda de 9% entre agosto de 2022 e julho de 2023, segundo o último relatório anual do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes). Na Amazônia, a redução foi de 21%.