Construtora anuncia apartamentos em prédios de 4 andares como se fosse superquadra nobre de seis andares da Asa Sul
Segundo o site Metrópoles, do ex-amigo Luis Estevão, o empresário Paulo Octávio estaria vendendo gato por lebre.
Segundo o site de Estevão, um novo empreendimento residencial no Guará, da construtora Paulo Octávio, tem sido comercializado como se fosse a extensão da Asa Sul.
O Metrópoles chamou a quadra fantasiosa de “SQF 117 Sul ou a “superquadra” fake 117 Sul”.
O site lembra que o Plano Piloto tem apenas 60 superquadras, divididas entre a Asa Sul e a Asa Norte (SQS e SQN), que acabam na 116.
Mas os anúncios conseguidos pelo site mostram o que seriam os futuros apartamentos sendo anunciados nas redes sociais e no material distribuído por corretores a potenciais clientes.
O material apresenta o empreendimento residencial como “117 Sul”. A construtora diz, ainda, que “uma nova superquadra está surgindo”.
Os anúncios deixam claro se tratar de apartamentos residenciais, com 2 ou 3 quartos e ainda dúplex, apesar da área não permitir a construção de residências. Veja os anúncios:
O condomínio com uma grande piscina ao centro, em construção pela Paulo Octávio, não se parece nem em conceito com as superquadras projetadas por Lucio Costa na concepção de Brasília. As superquadras têm 85% de área verde e apenas 15% da área edificada. O novo residencial da “superquadra fake” terá 67% de prédios e apenas 33% de vegetação. Seria como vender um carro popular com uma logomarca da Ferrari e dizer que é o automóvel de luxo, segundo o Metrópoles.
Outra diferença substancial é o fato de que uma superquadra legítima tem 57.600 metros quadrados, enquanto o terreno destinado à fake tem apenas 10 mil metros quadrados. É como anunciar um carro de quatro lugares como se fosse um ônibus double-deck, de alto luxo.
A construtora Paulo Octávio respondeu à coluna Grande Angular que o anúncio da superquadra “117 Sul” faz referência “apenas ao nome do empreendimento” que começou a ser erguido pela empresa.
[…] os procedimentos de contratação para favorecer o empresário Paulo Octávio, a fim de que os imóveis do empresário, inclusive considerados inadequados e perigosos para o funcionamento, fossem escolhidos para abrigar […]