Defesa afirma que o ministro do STF não seguiu o regimento interno do Supremo ao determinar abertura de inquérito
Eduardo Tagliaferro, ex-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED), do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pediu que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), seja afastado de um inquérito aberto para apurar o vazamento de mensagens entre o magistrado e assessores.
A ação foi protocolada pelos advogados do ex-assesdor do TSE, durante a presidência de Alexandre de Moraes, n9 Supremo Tribunal Federal.
Ex-assessor de Moraes foi convocado pela PF para depor sobre vazamento de mensagens – (crédito: Reprodução/Linkedin)
A decisão sobre afastamento ou não de Moraes da relatoria do inquérito cabe ao presidente do Supremo, Luís Roberto Barroso. O conteúdo das mensagens foi publicado pelo jornal “Folha de S. Paulo”.
Na publicação, o jornal afirma que o magistrado trocou as conversas “fora do rito”, solicitando relatórios e informações aos seus subordinados. Os dados foram usados em inquéritos que correm no Supremo e apuram ataques às instituições democráticas ao ao sistema eleitoral
Nas conversas trocadas com auxiliares, Moraes teria orientado o levantamento de informações sobre os investigados e cobrado relatórios de seus subordinados. O magistrado alega que todos os procedimentos processuais estão registrados e que ocorreram dentro da legalidade.
Tagliaferro prestou depoimento em São Paulo e negou ser o autor dos vazamentos. Ele afirmou aos investigadores que entregou seu celular à Polícia Civil, por conta de uma investigação em que ele é acusado de violência doméstica.
A ação está em tramitação em Caieiras, na região metropolitana de São Paulo. Aliados de Moraes acreditam que as mensagens podem ter sido vazadas por policiais civis do estado.