Criminoso confesso, Serveró é mais um delator a pedir anulação de todos os atos da Lava Jato contra si mesmo, no que já é chamada de operação Lava Lama
O ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, réu confesso na corrupção desenfreada que assolou a Petrobras nos governos do PT, é mais um delator da Operação Lava Jato recorreu ao ministro Dias Toffoli, do STF, para anular todos os atos da operação contra ele mesmo.
O interessado em mais uma canetada de Dias Toffoli, (apelidado por Marcelo Odebrecht de o amigo do amigo do meu pai, na relação de recebedores de propina da empresa), alega que teve direitos violados ao longo das investigações.
Cerveró, diz que o miraram e que foi alvo de um conluio entre a força-tarefa e o então juiz , agora senador, Sérgio Moro.
O delator ficou preso em Curitiba entre janeiro de 2015 e junho de 2016.
Toffoli tem anulado as condenações, apesar das confissões e da devolução de bilhões de reais roubados.
Executivos da Petrobras, ligados ao esquema de corrupção, investigado a partir de 2014 pela Operação Lava Jato, aceitaram entregar R$ 279,8 milhões ao Tesouro e à estatal.
Nestor Cerveró devolveu R$ 17,3 milhões que roubou no esquema que levou o atual presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT ) para a cadeia por quase dois anos.
Cerveró, garantiu em delação premiada ter recebido um cargo público em 2008, do então presidente Lula. A benesse teria sido uma espécie de reconhecimento, pela ajuda prestada por Cerveró.
A troca foi feita por uma ajuda de Cerveró ao Grupo Schahin ao vencer uma licitação para o aluguel de um navio sonda.
O “negócio” foi apontado como forma de pagamento do PT a um empréstimo de R$ 12 milhões para o pecuarista José Carlos Bumlai.
O PT teria utilizado o dinheiro, repassado pelo Banco Schahin, para pagamento de dívidas da sigla. O negócio rendeu a Schahin mais de R$ 1 bilhão.
Cerveró foi o primeiro a entregar a ligação de Lula com esquemas de corrupção na Petrobras.
O depoimento de Cerveró confirmou o do operador Fernando Baiano, com a diferença de que Cerveró acusou Lula diretamente, ao passo que Baiano disse em dezembro que ouvira a história da boca de José Carlos Bunlai.
Bumlai, amigo de Lula foi preso por envolvimento no petrolão e confessou que tomou emprestados os R$ 12 milhões do banco Schahin em 2004 e repassou 6 milhões ao caixa dois do PT de Santo André.
O dinheiro seria destinado a Ronan Maria Pinto, empresário da cidade paulista apontado pelo Ministério Público como integrante de um esquema de recolhimento de propina incrustado na prefeitura, na gestão de Celso Daniel. Celso Faniel foi assassinado, mas isso é uma outra longa história envolvendo recolhimento de propina de empresas de lixo.
Maria Pinto estaria chantageando Lula e os ex- ministros Gilberto Carvalho e José Dirceu por saber detalhes do assassinato do ex-prefeito de Santo André, em 2002.
Em um de outros pontos de delação, Cerveró que a compra de Pasadena rendeu US$ 15 milhões em propina. E envolve no esquema a área internacional, além de outros funcionários da Petrobras, senadores como Delcídio Amaral, do PT, líder do governo no Senado, o então presidente da Casa, Renan Calheiros, e Jader Barbalho, ambos do então PMDB.
Toda essa lama está sendo lavada das fichas dos envolvidos pelo STF que anulou as condenações de Lula e de outros condenados e denunciados pela operação que desbaratou o esquema.