Polícia tenta prender um e faz buscas no caso da contaminação por HIV de pacientes transplantados

Delegacia do Consumidor do Rio de Janeiro cumpre mandado de prisão e de buscas e apreensão

Agentes da Delegacia do Consumidor (Decon) do Rio de Janeiro realizam, neste domingo (20), a 2ª fase da “Operação Verum” que investiga a emissão de laudos falsos do Laboratório PCS Saleme, que resultaram na contaminação por HIV de pacientes transplantados e informações falsas que levaram pacientes sadios a acreditarem terem sido contaminados pelo vírus.

Para os investigadores, houve dano intencional na qualidade dos testes, com o objetivo de diminuir custos e aumentar o lucro da empresa. análise das amostras deixou de ser realizada diariamente e se tornou semanal.

Computadores foram apreendidos na manhã deste domingo

Os policiais estão nas ruas para cumprir um mandado de prisão e oito de busca e apreensão. A ação conta com o apoio do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE) do estado.

O laboratório PCS Lab Saleme foi interditado depois de vir à tona ao menos seis casos de pacientes que foram infectados com HIV depois de realizarem o transplante de órgãos.

O laboratório PCS Lab Saleme foi contratado pelo governo do Rio de Janeiro em um processo emergencial e sem licitação.

Dois sócios do laboratório são parentes do deputado Doutor Luizinho (PP-RJ), ex-secretário de Saúde do Rio de Janeiro.

Walter Vieira e Matheus Sales Teixeira Bandoli Vieira, são tio e primo, respectivamente, do deputado Doutor Luizinho e sócios do laboratório.

Na primeira fase da operação, realizada na segunda (14), duas pessoas foram presas e outras duas se entregaram nos dias seguintes. Na sexta (18), a Justiça manteve a prisão temporária dos quatro funcionários do laboratório PCS Saleme.

O Ministério Público do Rio de Janeiro, afirma que os investigados e o Laborório PCS Saleme já emitiram dezenas de resultados com falso positivo e falso negativo para HIV, inclusive em exames de crianças e estão respondendo a inúmeras ações indenizatórias por danos morais e materiais, de forma que a reiteração dessa conduta demonstra total indiferença com a vida de seus clientes e da população como um todo.

A polícia continua analisando os documentos e materiais apreendidos.

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