Presidente dos EUA disse que acusação contra o filho foi ‘politicamente motivada’ e um ‘erro judicial’. Condenações somadas dariam 25 anos de prisão
O presidente dos EUA, Joe Biden, concedeu perdão “total e incondicional” ao seu filho, Hunter Biden, na noite deste domingo (1º), evitando uma possível sentença de prisão por condenações federais sobre a compra ilegal de arma e pela sonegação de US$ 1,4 milhão em impostos.
Hunter Biden se declarou culpado das acusações de evasão fiscal em setembro, e foi considerado culpado de ser um usuário de drogas ilegais em posse de uma arma em junho — tornando-se o primeiro filho de um presidente em exercício a ser condenado por um crime.
Ao anunciar sua decisão de conceder o indulto ao filho, Joe Biden afirmou que, embora acreditasse no sistema judiciário, “a política infectou este processo e levou a um erro judicial”.
A decisão ocorre semanas antes de Hunter Biden receber sua sentença no caso de armas e de sua confissão de culpa nas acusações fiscais, e menos de dois meses antes de Donald Trump, presidente eleito, retornar à Casa Branca.
Trump passou anos atacando Hunter Biden por seus problemas legais e pessoais como parte de uma série de ataques contra a família do presidente Biden.
O jornal americano “The New York Times” afirma que não é a primeira vez que um presidente usa seu poder executivo para perdoar ou atenuar a pena de um familiar. Em seu último dia no cargo, o ex-presidente Bill Clinton perdoou seu irmão Roger Clinton por antigas acusações de uso de cocaína. Um mês antes de deixar o cargo, o então presidente Donald Trump perdoou o pai de seu genro Jared Kushner, Charles Kushner, por sonegação fiscal e outros crimes.
Contudo, o jornal aponta que tanto Roger Clinton quanto Kushner já tinha cumprido as penas de prisão quando o perdão foi concedido.