Bagunça generalizada já devia ter provocado o mercado e as autoridades para olharem para os Portos Secos, além de problemas que estão desmotivando aéreas
As imagens que circulam na Internet com cargas amontoadas no aeroporto de Guarulhos em São Paulo, acenderam o alerta de especialistas do setor que afirmam faltar de tudo na gestão desse governo.
As cenas, registradas nessa semana, ligaram um alerta para quem trabalha há muito tempo com o comércio exterior.
Cargas espalhadas no pátio de aeronaves em Guarulhos, remete ao boom de importação que ocorreu por volta do ano de 1994, no Brasil. A abertura comercial promovida no País nos idos de 1990, proporcionou um crescimento econômico, estimulando o comércio internacional e facilitando o ingresso de mercadorias estrangeiras em nosso mercado e em insumos. Mas dessa vez, não há sobrecarga repentina.
Os aeroportos como Guarulhos não conseguem atender à demanda e construir armazéns para abrigar a carga excedente, por conta da falta de agilidade necessária, que esbarra na gestão.
O Ministério de Portos e Aeroportos (MPOR) é o órgão do governo brasileiro responsável por portos e aeroportos.
A Secretaria de Portos do Ministério da Infraestrutura é a responsável pelas políticas e diretrizes para o desenvolvimento da infraestrutura portuária.
À frente dessa política está o deputado federal Silvio Costa Filho, (Republicanos) que assumiu o Ministério de Portos e Aeroportos em setembro do ano passado.
O cenário identificado, nesta semana, no Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos corrobora um alerta do Sindasp – Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de São Paulo – que leva o nome Última Hora, e trouxe 11 irregularidades naquele Terminal Aéreo.
A Entidade listou problemas como:
- Ausência de atracação das mercadorias;
- Utilização da área de conferência para armazenamento irregular de carga, dificultando e atrasando a conferência física;
- Puxe de carga realizada pelo fiscal, sem disponibilização para conferência física;
- Puxe de carga realizado pelo MAPA para inspeção da madeira, sem disponibilidade da carga;
- Ausência de respostas aos e-mails enviados para CCO e CAC;
- Ausência de atendimento na linha telefônica: (11)2445-5000;
- Ausência de disponibilização da carga puxada para coleta. A título de exemplo, uma carga do dia 10/11/2023 ainda não havia sido coletada;
- Fechamento de janelas para agendamento de coleta para transportadoras;
- Ausência de manutenção do sistema, sem previsão de retorno;
- Ausência de organização, gerando imensas filas de veículos aguardando a coleta de carga, sem previsão para tanto;
- Atração incompletas de carga sem justificativas fundamentadas ou, ainda, previsão de solução;
A AGESBEC, em uma ação espontânea e em nome do mercado, se uniu a essas frentes e apoia também um documento do SETCESP – Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região, pedindo imediatas ações junto a GRU AIRPORT pela ausência de estrutura e profissionais, o que é inaceitável em épocas de fim de ano.
Ps portuários reclsmzm de falta de descentralização de cargas.
Eles afirmsm que enquanto a estrutura do Aeroporto de Guarulhos está em colapso logístico, muitos Recintos de Zona Secundária de São Paulo estão dm ociosidade, por pura falta de gestão.
Cargas em aviões de passageiros
Outro problema grave enfrentado por aviadores é o transporte de cargas em aviões de passageiros.
Embora seu foco seja no transporte de pessoas, as aeronaves de passageiros possuem uma significativa contribuição para o transporte de cargas.
Na aviação há diversos modelos de aeronaves projetados por diferentes fabricantes, porém, as aeronaves de passageiros se classificam em duas categorias: narrowbody e widebody.
Mas a falta de regulamentação clara sobre o assunto coloca em risco quem voa no Brasil.
Recentemente, uma aeronave desceu em chamas no aeroporto de Guarulhos e a suspeita é de que uma carga com bateria de lírio tenha iniciado o incêndio que consumiu a aeronave. O avião era um cargueiro, com um piloto e um copiloto que sobreviveram ao executarrm os procedimentos corretos para este caso.
Mas essas cargas também são levadas em aviões de passageiros e os resultados de um acidente como este pode ser catastrófico.
Após o incidente, o Ministério continua inerte dm relação ao transporte desse tipo. Um risco para a sociedade.
Em países da Europa, transporte de cargas dessa forma, só pode ser feito em aviões cargueiros.
Como se não bastassem os problemas de logística, também há o econômico que afeta as aéreas desde a pandemia. Muitas não se recuperaram e o o projeto do governo veio tarde demais.
O governo soltou um pacote de R$4 bilhões para financiar o setor, mas empresas em dificuldades já estudzm até se fundiram, como a Azul e a Gol.
O ministro nega. Em relação aos rumores de uma possível fusão entre Gol e Azul, o ministro disse que não espera a formalização de uma união, pelo menos no curto prazo.
Questionada pela Reuters, a Azul informou que as discussões sobre uma possível combinação de negócios estão em andamento. A Gol não se pronunciou.