Em vídeo, dono da Meta disse que o objetivo é retomar a liberdade de expressão nas redes sociais dele
A Meta anunciou o fim da checagem de postagens no Instagram e no Facebook nos Estados Unidos.
Mark Zuckerberg, anunciou as mudanças em um vídeo. Disse que o objetivo é retomar a liberdade de expressão no Facebook, Instagram e Threads, as redes sociais de que é dono.
A primeira mudança é a mais drástica: até agora, a Meta tinha uma equipe e também conta com observadores externos que julgam se as postagens são ilegais, ofensivas ou simplesmente falsas. Segundo Zuckerberg, a equipe foi criada porque a imprensa tradicional dizia que a desinformação era uma ameaça à democracia.
Zuckerberg alegou que esses checadores se mostraram tendenciosos politicamente, e que por isso decidiu se livrar deles. A partir de agora, nos Estados Unidos, a empresa meta vai transferir para os usuários, a tarefa de verificar o que é fato e o que é fake, o que é verdade ou mentira.
Em segundo lugar, Zuckerberg disse que vai mudar as políticas do Facebook e tirar várias restrições ao que pode ser postado. Ele deu como exemplo questões de imigração e de gênero.
Medida número três: a Meta vai diminuir a potência dos filtros que tiram conteúdo do ar, para focar apenas em conteúdo ilegal como tráfico de drogas, terrorismo ou abuso sexual. Ao citar essa medida, Zuckerberg admitiu que o sistema eliminaria menos conteúdos ruins, mas em compensação, segundo ele, também deixaria de derrubar acidentalmente pessoas inocentes.
E, em quarto lugar, vai trazer de volta conteúdo político. Ele alegou, também que o público está pedindo para ver mais publicações desse tipo.
Com as mudanças nas regras, a Meta se une ao presidente eleito Donald Trump em uma batalha que já conta com outros chefes de grandes corporações digitais.
A ideia é fazer valer a vontade das empresas americanas no mundo todo e atacar governos que defendem que precisam proteger os usuários de conteúdo ofensivo, ilegal ou que propague informações falsas.
Mais de uma vez no vídeo, Zuckerberg disse que vai trabalhar com o presidente Donald Trump para fazer pressão contra governos no mundo todo que, segundo ele, querem censurar empresas americanas.
Ele disse que a Europa está institucionalizando a censura, que a China já proibiu aplicativos de funcionarem no país e, sem dar detalhes, que na América Latina há tribunais secretos que agem na surdina para remover conteúdos de sua plataforma.
O presidente eleito Donald Trump afirmou que as ameaças que ele fez ao dono da empresa, Mark Zuckerberg, provavelmente provocaram essa mudança.
Desde que Elon Musk assumiu o X, no fim de 2022, o empresário passou a adotar esse sistema de transferir para os usuários o trabalho de verificar se uma postagem é falsa ou merece contexto.
Em uma coletiva de imprensa na Flórida, o presidente eleito Donald Trump disse que assistiu à declaração de Zuckerberg pela televisão e que achou o empresário “impressionante”. Questionado por jornalistas se a medida de zuckberg foi uma resposta às ameaças feitas por ele, Trump respondeu: “provavelmente”.