Alteração nas políticas começou a mudar na terça-feira (7), mesmo dia em que empresa anunciou fim do sistema falho de checagem de fatos. Versão em português para o Brasil foi atualizada nesta quinta
A Meta, dona do Facebook e Instagram publicou nesta quinta-feira (9) uma atualização em português de sua nova política de censuras . Agora as regras permitem, entre outros pontos, a associação de doenças mentais a opções de gênero ou orientação sexual.
“Permitimos alegações de doença mental ou anormalidade quando baseadas em gênero ou orientação sexual, considerando discursos políticos e religiosos sobre transgenerismo e homossexualidade, bem como o uso comum e não literal de termos como “esquisito”, diz o texto com as novas diretrizes.
As novas regras se aplicam a todas as plataformas da empresa, como Facebook, Instagram e Threads.
Inicialmente, a atualização ocorreu para locais como Estados Unidos e Reino Unido e foi divulgada no mesmo dia que Mark Zuckerberg anunciou que a empresa está encerrando o programa de verificação de fatos.
Ao selecionar a página em português do Brasil, a versão que aparecia era a de 10 meses atrás, sem essas alterações.
A nova versão abre espaço, por exemplo, para que usuários utilizem discursos com “linguagem insultuosa no contexto de discussão de tópicos políticos ou religiosos, como ao discutir direitos transgêneros, imigração ou homossexualidade”.
Ao mesmo tempo, a Meta retirou algumas restrições da política de uso das plataformas. Uma delas, por exemplo, proibia explicitamente a “autoadmissão de intolerância com base em características protegidas [de discriminação], incluindo, mas não se limitando a homofóbica, islamofóbica, racista”.
Em um trecho que foi mantido, as diretrizes da Meta continuam barrando conteúdos que ataquem “conceitos, instituições, ideias, práticas ou crenças associadas a características protegidas, que provavelmente contribuirão para danos físicos iminentes, intimidação ou discriminação contra as pessoas associadas a essa característica protegida”.