Novas medidas anunciadas visam reduzir exageros em bloqueios e favorecer a liberdade de expressão
A dona do Facebook e Instagran, Meta, afirmou à Advocacia-Geral da União (AGU) que as mudanças anunciadas visam simplificar sistemas para diminuir o exagero na aplicação de políticas, além de reduzir erros.
AMeta informou que as mudanças anunciadas não estão valendo agora para o Brasil. E não estão mesmo. Hoje mesmo , postagem do BSB Revista foi revista e liberada após pedido para revisão do bloqueio.
Veja imagem da restauração abaixo:
A empresa de Mark Zuckerberg, informou nessa segunda-feira (13) que as mudanças no programa de checagem de fatos nas plataformas da companhia será realizado, inicialmente, apenas nos Estados Unidos.
Aqui no Brasil, as postagens estão sendo bloqueadas e páginas como a do BSB Revista sofrem restrições de busca e não aparecem para demais usuários, reduzindo o fluxo de visualização pela plataforma de Zuckerberg.
A empresa é dona de redes como Instagram, Facebook e WhatsApp e vai trocar a checagem ativa por um modelo de notas da comunicade, semelhante ao já usado na rede X, de Elon Musk.
Além disso, assegurou que “em conformidade à política de direitos humanos, está profundamente comprometida com a liberdade de expressão”.
“Até agora, vínhamos usando sistemas automatizados para detectar violações a todas as políticas. Vamos concentrar o uso desses sistemas para lidar com violações de alta gravidade, como terrorismo, exploração sexual infantil, drogas, fraudes e golpes. Continuaremos também a utilizar os nossos sistemas automatizados para analisar conteúdos que incentivem o suicídio e a automutilação”, disse a Meta no documento enviado à AGU.
A Meta ressaltou ainda que os canais existentes para denúncias relativas a quaisquer violações de políticas permanecerão inalterados e continuarão disponíveis. Isso permite a qualquer usuário denunciar conteúdo que considere violador das políticas da empresa.
“Continuaremos a adotar medidas contra conteúdo que for violador em resposta. Também permanecem inalteradas as parcerias vigentes com diferentes agências governamentais”, informou.
A AGU informou que a equipe da Procuradoria Nacional de Defesa da Democracia (PNDD) analisará as respostas, que serão debatidas em reunião.
A Meta ainda ressaltou à AGU que “em conformidade à política de direitos humanos, está profundamente comprometida com a liberdade de expressão, direito humano fundamental que permite o exercício de muitos outros direitos”. Disse, no entanto, que “formas abusivas do exercício desse direito podem causar danos, especialmente para grupos vulneráveis”.