Bolsonaro reage após PGR denunciá-lo por golpe de Estado

Procuradoria-Geral da República denunciou ex-presidente por crimes como golpe de Estado e organização criminosa armada

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reagiu com espanto e indignação ao tomar conhecimento dos crimes imputados a ele, pela Procuradoria-Geral da República (PGR), no chamado inquérito do golpe.

Bolsonaro disse a aliados que se trata de perseguição e que sequer estava no Brasil quando as sedes dos Três Poderes foram depredadas, em 8 de janeiro de 2023. Na ocasião, o ex-presidente estava nos Estados Unidos, para onde viajou em 30 de dezembro de 2022.

O procurador-geral, Paulo Gonet, denunciou Bolsonaro por golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa armada.

Bolsonaro e seus advogados analisam a denúncia que, além do ex-presidente, faz acusações contra outros 33 investigados.

A denúncia remetida ao Supremo Tribunal Federal (STF) ocorre após uma força-tarefa da PGR analisar inquérito da Polícia Federal, com mais de 884 páginas, que mira Bolsonaro e aliados do ex-presidente.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet considerou que o ex-presidente seria o líder de uma organização criminosa que atuou para planejar um golpe de Estado. O objetivo seria manter Bolsonaro no poder mesmo após derrota para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022.

Bolsonaro vai enfrentar um possível processo no STF e, se condenado, pode enfrentar penas duras, inclusive eventual prisão.

Diante da denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR), a estratégia dos aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro será insistir na tese de que ele está sendo vítima de uma “perseguição” do Supremo Tribunal Federal (STF) – e de que não deu autorização final para uma aventura golpista.

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