Mais de 300 pessoas morreram nos ataques, incluindo crianças, e outras ficaram feridas
As Forças Armadas de Israel voltaram a atacar fortemente terroristas do Hamas na Faixa de Gaza na madrugada desta terça-feira (18) pelo horário local. Este é o primeiro grande ataque desde o acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas, firmado em janeiro.
Israel declarou que está bombardeando alvos do Hamas e lideranças do grupo terrorista. A operação é conduzida em conjunto com a Agência de Segurança de Israel, responsável pela inteligência do país.
O gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que ordem dos ataques partiu após o Hamas se recusar a libertar reféns mantidos em Gaza, além de rejeitar todas as propostas que receberam.
“Israel atuará, a partir de agora, contra o Hamas com força militar crescente”, diz o comunicado. O governo disse que continuará na ofensiva enquanto for necessário, podendo ampliá-la.
O Ministério da Saúde de Gaza, comandando pelo grupo terrorista Hamas, disse que ao menos 326 pessoas haviam morrido.
Uma publicação feita na conta do exército israelense no X (antigo Twitter) diz que “estão atualmente conduzindo ataques extensivos contra alvos terroristas pertencentes ao Hamas em Gaza”.
Segundo o Hamas, um funcionário do alto escalão de segurança do grupo terrorista, Mahmoud Abu Watfa, foi morto durante os ataques.
Explosões foram observadas na Cidade de Gaza, em Deir Al-Balah, na região central, e em Rafah e Khan Younis, no sul. A Defesa Civil do território, contolada pelo Hamas, afirmou que 35 ataques aéreos foram registrados.
Acordo de cessar-fogo
Em janeiro, o governo de Israel e o Hamas chegaram a um acordo de cessar-fogo após mais de um ano de guerra na Faixa de Gaza.
A primeira parte do acordo consistia na liberação de 33 reféns pelo Hamas e grupos aliados. A primeira leva de prisioneiros deveria priorizar mulheres, crianças, idosos e civis feridos. Em contrapartida, Israel devia liberar centenas de reféns palestinos.
Em fevereiro, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ameaçou acabar com o acordo se o Hamas não libertasse os reféns. Na época, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também ameaçou provocar um “inferno” em Gaza se os reféns israelenses não fossem libertados.
Em resposta, o Hamas justificou o adiamento por tempo indeterminado da libertação de reféns ao acusar Israel de violar o cessar-fogo, mediado pelo Catar, com a ajuda dos Estados Unidos e do Egito.
