Pacientes do médico Giovanni Quintella Bezerra, preso acusado de estupro de vulnerável, relatam um padrão nas atitudes do criminoso durante as cirurgias. Até o momento, três mulheres já prestaram depoimento na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de São João de Meriti, na Baixada Fluminense. As vítimas falam em comum que o anestesista pedia que os acompanhantes deixassem o centro cirúrgico após o parto e depois sedava as vítimas.
Uma das possíveis vítimas do anestesista relatou ter sido “apagada” durante o procedimento. Na saída da delegacia, na tarde dessa terça-feira (12/7), ela, que tem 37 anos, afirmou ter estranhado a quantidade de sedativo que recebeu no parto.
A cirurgia de cesárea foi realizada no dia 3 de junho, no Hospital da Mulher, local onde Giovanni foi preso no último domingo (10/7). De acordo com ela, um outro filho seu nasceu de cesariana e o procedimento foi diferente.
“Quando acabou o parto, meu companheiro foi retirado do centro cirúrgico e, nesse momento, o doutor Giovanni disse que ia me dar um sedativo para eu relaxar”, contou a mulher.
“Eu cheguei a fazer algumas perguntas, porque eu cheguei no hospital por uma emergência, estava com uma gravidez delicada, sem líquido amniótico. Fiquei preocupada no momento que ele disse que ia me dar um sedativo. Ele disse que não tinha acontecido nada”, completou.
A mulher afirmou ter levado “um susto” ao ver a imagem de Giovanni no noticiário.
“A gente não entra no centro cirúrgico achando que vai ser abusada. Se estamos em uma situação perigosa, procuramos algo para relatar. Mas não. Eu estava em uma situação vulnerável, dependente deles”, explicou.
De acordo com ela, a única coisa que conseguiu pensar foi se ele tinha ou não abusado sexualmente dela naquele momento. “A única coisa que relatei de estranho depois foi o apagão. Fiquei me perguntando se ele tinha conseguido fazer algo comigo. Minha cabeça ficou assim”, finalizou a mulher.
A delegada responsável pela prisão do anestesista Giovanni Quintella, de 31 anos, acredita que ele tenha feito outras vítimas no domingo (10/7) e até mesmo em outros hospitais. Barbara Lomba diz, inclusive, que tudo indica que o médico seja um “criminoso em série”.
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