Federação entre União e PP: saiba o que é e o que muda

Federação partidária, a União Progressista une siglas do Centrão e têm integrantes que apoiam Lula e parlamentares de oposição

O PP e o União Brasil formalizaram nesta terça-feira (29) em Brasília, em um ato no Congresso Nacional, uma federação partidária. Isto é, as duas legendas passarão a atuar de forma conjunta em nível nacional.

A federação União Progressista terá:

  • 109 deputados;
  • 14 senadores;
  • governadores;
  • 1,3 mil prefeitos.

As federações partidárias são um modelo de aliança que une duas ou mais siglas. Pelas regras, as legendas passam a atuar como uma só por, no mínimo, quatro anos.

Também deve haver alinhamento nas campanhas, ou seja, a federação deve caminhar de forma unificada nas disputas, definindo conjuntamente as candidaturas.

No entanto, um dos caciques da federação, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), disse que a federação vai “subir a rampa do Palácio do Planalto” no em 2027. Já Arthur Lira do PP de Alagoas é entusiasta da reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em 2022, o PP de Ciro Nogueira apoiou a candidatura do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Já o União Brasil decidiu liberar os diretórios estaduais para apoiar o presidente Lula ou o ex-presidente Bolsonaro.

Até o fim de 2026, a federação terá gestão compartilhada entre os presidentes do União, Antonio Rueda, e do Progressistas, senador Ciro Nogueira (PI). Em janeiro de 2026, uma nova diretoria será eleita.

Instituído pelo Congresso Nacional em 2021, o modelo de federações busca permitir que os partidos atuem de forma unificada em todo o país, funcionando como uma única agremiação por quatro anos.

O presidente do PP cravou que o partido não apoiará Lula para uma eventual reeleição em 2026.

“Eu acho muito difícil, impossível, que estes partidos estejam com Lula na eleição de 2026. O meu, com certeza, não estará”, afirmou.

No União Brasil, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, já se colocou como pré-candidato a presidente. Mas articuladores políticos da legenda no Congresso se dividem sobre apoiar Lula ou algum nome indicado por Bolsonaro.

A federação União Progressista terá direito a receber a maior fatia, entre os 29 partidos registrados pelo Tribunal Superior Eleitoral, do fundo público de financiamento de campanhas.

Se a federação estivesse valendo em 2024, por exemplo, as siglas teriam arrecadado quase R$ 1 bilhão em recursos públicos para as eleições municipais.


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