Correios sucumbem sem socorro e políticas públicas de manutenção de estatais

Endividamento Explosivo e Quebradeira de Fornecedores Expoem Colapso na distribuição de cargas

A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Correios), tradicional pilar do serviço público no país, atravessa uma de suas fases mais sombrias.

A estatal amarga um prejuízo histórico de R$ 2,6 bilhões em 2024, mergulhada em uma crise financeira que ameaça não apenas sua própria existência, mas também a sobrevivência de centenas de fornecedores e prestadores de serviço que dependem dela.

A razão? Uma combinação explosiva de falta de política pública para manter estatais deste porte, inadimplência em cadeia e uma dependência cada vez mais perigosa de empréstimos e linhas de crédito, sem possuir projetos de aportes necessários ou planos governamentais para privatização ou soluções de governança.

Uma empresa sustentada por empréstimos, mas sem crédito

Em um movimento de desespero financeiro, os Correios têm recorrido a múltiplas fontes de crédito para manter suas operações básicas. Somente em 2024, foram R$ 250 milhões emprestados do Banco ABC e R$ 300 milhões do banco Daycoval. Os valores, injetados para cobrir despesas operacionais e manter os serviços mínimos funcionando, mal arranham a superfície de uma dívida crescente e mal explicada.

Os Correios já arranharam o governo de Lula no passado com escândalos de corrupção.

Hoje a empresa tenta socorro com o Banco do Brasil e com a Caixa Econômica, mas sem sucesso deixa fornecedores no sufoco.

Além de crédito nacional, a estatal negocia com o Banco do BRICS (Novo Banco de Desenvolvimento) um empréstimo de R$ 3,8 bilhões para modernização e sustentabilidade. Brics é dirigido por Dilma Rousseff.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vê de longe a quebradeira que também tem entre os motivos a “taxa das blusinhas “.

Os impostos de importação de produtos até 50 dólares fez com que parte da renda dos Correios com as entregas evaporassem.

Ontem, nos EUA, a Justiça proibiu Trump de taxar importação, justamente por conta de quebradeira de empresas que sobrevivem no mercado americano com produtos importados.

A dúvida que paira sobre o mercado e os próprios trabalhadores é clara: com o rombo atual e uma estrutura obsoleta, esses bilhões resolverão os problemas — ou apenas prolongarão o colapso?

Fornecedores no vermelho: a quebradeira silenciosa

Enquanto a alta cúpula do governo não se movimentar para socorrer a empresa que tenta reequilibrar as contas com cifras bilionárias, uma tragédia silenciosa se desenrola entre os fornecedores e prestadores de serviço dos Correios. Pequenas e médias empresas responsáveis por logística terceirizada, manutenção de frotas, equipamentos e fornecimento de materiais relatam atrasos de mais de seis meses nos pagamentos.

O resultado é devastador: falências em cascata, demissões em massa e a interrupção de serviços que deveriam ser essenciais. Muitos desses fornecedores, confiando na estabilidade da estatal, operavam com margens apertadas e sem capital de giro suficiente para suportar a inadimplência prolongada. A falta de pagamento por parte dos Correios empurrou dezenas dessas empresas para a insolvência — uma quebradeira que não aparece nas manchetes, mas que sangra a economia real.

A contradição do crédito: dinheiro para dentro, caos para fora

A ironia é gritante: enquanto os Correios se endividam para sobreviver, também oferecem crédito aos seus próprios funcionários, por meio do Postalis (fundo de previdência) e da cooperativa Sicoob Coopercorreios. Em outras palavras, a empresa que não consegue pagar seus fornecedores injeta capital em si mesma por meio de um sistema de crédito paralelo, criando um ciclo artificial de liquidez que mascara o colapso iminente.

O Postalis, historicamente alvo de escândalos e má gestão de recursos, ainda oferece empréstimos com condições especiais aos funcionários, sustentando uma base interna em aparente estabilidade — mas tudo isso sob o risco da própria ruína do fundo no médio prazo. A Sicoob Coopercorreios, por sua vez, continua ofertando crédito consignado, mesmo diante da evidente deterioração da capacidade de pagamento da estatal e seus colaboradores.

O retrato de um modelo insustentável

O cenário expõe um modelo financeiro que não se sustenta mais: os Correios recorrem a dívidas para manter a fachada de operação regular, empurrando o problema para frente enquanto o chão desaba sob os pés dos parceiros comerciais. A modernização prometida com os bilhões do BRICS pode vir tarde demais, e corre o risco de ser mais uma maquiagem financeira do que uma transformação real da empresa.

Por trás da retórica de “sustentabilidade e inovação”, o que existe é uma estatal endividada, cercada de fornecedores falindo e falidos e sustentada por uma estrutura de crédito que está tão fragilizada quanto o serviço postal que ela tenta manter.

Se nada mudar, os Correios podem não apenas parar — podem puxar para o buraco centenas de pequenas empresas e famílias brasileiras que confiaram no Estado como parceiro comercial. É hora de parar de maquiar o problema com mais dívidas e encarar o essencial: uma reforma estrutural, transparente e voltada para a recuperação real, não apenas contábil, da estatal.

Se você é fornecedor ou trabalhador afetado pela crise dos Correios, entre em contato com a nossa redação. Sua história precisa ser contada.


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