Moraes determina prisão de Carla Zambelli, inclusão na lista da Interpol e muito mais

Ministro determinou bloqueio de salário e outras verbas da parlamentar, além de bloqueio de canais e perfis em redes sociais

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou nesta quarta-feira (4) a prisão preventiva da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), após pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Além da prisão, Moraes determinou:

  • bloqueio dos passaportes, incluindo o passaporte diplomático que ela obteve por ser deputada;
  • bloqueio de salários e outras verbas, bens, ativos e contas bancárias, incluindo PIX;
  • bloqueio de veículos, incluindo embarcações e aeronaves eventualmente em nome dela;
  • bloqueio dos canais e perfis em redes sociais como Gettr, Facebook, Instagram, LinkedIn, TikTok e X;
  • multa diária de R$ 50 mil contra a deputada por postagens que “reiterem as condutas criminosas”;
  • inclusão, pela Polícia Fedral, do nome de Zambelli na lista vermelha da Interpol.

“A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é firme no sentido da decretação da prisão em razão da fuga do distrito da culpa, quando demonstrada a pretensão de se furtar à aplicação da lei penal”, afirma um trecho da decisão de Moraes.

Sobre o bloqueio dos salários e outras verbas da parlamentar, Moraes determinou que o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, seja imediatamente comunicado da decisão para fins do cumprimento.

A parlamentar deixou o Brasil e anunciou que está nos Estados Unidos, mas deve se deslocar para a Europa, como revelaram os jornalistas Andréia Sadi e Octavio Guedes.

Nesta quarta, a assessoria da deputada confirmou que ela está no estado da Flórida. No último dia 25, ela deixou o Brasil pela fronteira com a Argentina e se dirigiu para Buenos Aires, de onde voou para os Estados Unidos.

A deputada afirmou que vai se submeter a tratamento médico e se licenciará do mandato.

“No caso de Carla Zambelli Salgado de Oliveira é inequívoca a natureza da alegada viagem à Europa, com o objetivo de se furtar à aplicação da lei penal, em razão da proximidade do julgamento dos embargos de declaração opostos contra o acórdão condenatório proferido nestes autos e a iminente decretação da perda do mandato parlamentar”, diz outro trecho do documento.

Moraes ainda mencionou as condutas criminosas de Zambelli no sentido de atingir o Estado Democrático de Direito durante o exercício do mandato, algo que o ministro afirma permanecer “ativo e reiterado”.


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