Relação entre Trump e Musk termina em escândalo, ameaças e foguetes fora de órbita

Presidente dos EUA é acusado por dono da Tesla até envolvimento em escândalo sexual

Por Victório Dell Pyrro

Por algum tempo, parecia que Donald Trump e Elon Musk formariam um casal político improvável, mas funcional: um era o presidente cheio de frases de efeito e ambições imperiais, o outro, o bilionário excêntrico com foguetes, carros elétricos e uma conta no X pronta para causar. Mas bastaram seis meses para o flerte virar treta pública com direito a acusações explosivas, ameaças bilionárias e uma cápsula espacial sendo deixada na pista.

Tudo começou com um projeto de lei orçamentária. Durante um encontro com o chanceler alemão Friedrich Merz, na Casa Branca, Trump soltou a primeira cutucada:

“Musk já sabia que o projeto seria enviado ao Congresso… não sei se teremos uma ótima relação como antes”.

Aparentemente, o bilionário não recebeu bem a indireta. Pelo X (antigo Twitter), Musk disparou:

“Sem mim, Trump teria perdido a eleição”.
“É muita ingratidão.”

De volta ao Truth Social, Trump sacou o porrete:

“A maneira mais fácil de economizar bilhões e bilhões de dólares em nosso Orçamento é encerrar os subsídios e contratos governamentais de Elon Musk.”
“Eu pedi para ele ir embora, tirei seu Mandato dos Carros Elétricos… e ele simplesmente FICOU LOUCO!”

O “mandato”, no caso, são as políticas de incentivo à eletrificação da frota americana — algo que, convenhamos, é o pão com manteiga da Tesla. E aí, Musk decidiu que não ia só responder: ele largou uma bomba digna de tablóide britânico.

“Donald Trump está nos arquivos de Epstein. Essa é a verdadeira razão pela qual eles não foram tornados públicos. Tenha um bom dia, DJT!”
“Salve este post para o futuro. A verdade virá à tona.”

O post causou o caos esperado, até porque, em fevereiro, o Departamento de Justiça já havia soltado arquivos do caso Epstein — sem grandes novidades. Mas Musk parece não se importar com detalhes técnicos quando resolve ser… bombástico.

E se a briga parecia política, virou também interplanetária:
Musk anunciou que a SpaceX deixará de comissionar a cápsula Dragon, usada pela NASA para levar astronautas ao espaço. Isso mesmo: na disputa entre ego e gravidade, quem perde é a órbita baixa da Terra.


Musk voltou a responder no X, dessa vez acusando Trump de estar ligado ao escândalo sexual envolvendo Jeffrey Epstein: “Donald Trump está nos arquivos de Epstein. Essa é a verdadeira razão pela qual eles não foram tornados públicos”.

Para fechar o barraco com chave de ouro, Musk respondeu “Sim” a um post sugerindo impeachment de Trump e substituição pelo vice J.D. Vance. Um “sim” que ecoou como um “já deu” definitivo.

Trump, por sua vez, tentou passar recibo de despreocupado:

“Não me importo que Musk tenha se virado contra mim.”
“Eu não criei essa bagunça, estou aqui apenas para consertá-la.”

Resumo da ópera espacial: o que começou como um bromance digital entre o comandante-em-chefe e o comandante de Marte acabou em ruptura pública, ameaças de corte de verba e acusações que fariam até o National Enquirer corar.

No fim, quem diria que a cápsula Dragon deixaria de subir por causa de um orçamento e um ego ferido?

E para quem achava que política americana não era entretenimento, eis aí mais um episódio digno de streaming. Só falta a Netflix anunciar a minissérie: “Brigas Bilionárias: Trump x Musk”.


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