EUA alertam Irã na ONU: “Qualquer ataque será enfrentado com ações devastadoras”

Representante dos Estados Unidos, embaixadora Dorothy Shea acusa Teerã de violar obrigações nucleares e reforça que país persa “não pode ter uma arma nuclear”

Em um discurso duro e direto durante reunião extraordinária do Conselho de Segurança das Nações Unidas neste domingo (22), a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Dorothy Shea, fez um alerta enfático ao regime iraniano. Segundo ela, o Irã estaria violando suas obrigações internacionais relativas ao programa nuclear e, por isso, “não pode e não terá uma arma nuclear”.

Dorothy Shea também afirmou que “qualquer ataque do Irã será enfrentado com ações devastadoras”.

Representante dos Estados Unidos, embaixadora Dorothy Shea acusa Teerã de violar obrigações nucleares e reforça que país persa “não pode ter uma arma nuclear”

“O Irã escondeu o seu programa nuclear e fugiu de recentes negociações. Chegou o momento de os Estados Unidos, na defesa de seus aliados, dos nossos cidadãos, dos nossos interesses, agir de forma decisiva. O regime iraniano não pode ter uma arma nuclear”, completou a estadunidense.

A declaração ocorre em um momento de máxima tensão no Oriente Médio, após uma série de ataques dos EUA contra instalações nucleares e militares iranianas, incluindo a base subterrânea de Fordow — uma das mais estratégicas do programa atômico de Teerã.

A representante americana destacou que os Estados Unidos continuam comprometidos com a segurança de seus aliados, em especial Israel e países do Golfo, diante do que chamou de “comportamento agressivo e desestabilizador do Irã”. “Não buscamos conflito, mas não hesitaremos em agir para proteger vidas americanas e nossos parceiros na região”, disse.

Acusações de violação nuclear

O tom adotado por Shea reflete a crescente preocupação de Washington com os avanços do programa nuclear iraniano, principalmente após sucessivos relatórios da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) indicarem que o Irã vem ultrapassando os limites estabelecidos pelo acordo nuclear de 2015 (o chamado JCPOA), abandonado pelos EUA durante o governo Trump em 2018.

A AIEA revelou que o Irã já acumula estoques de urânio enriquecido muito acima do permitido, e que restringe o acesso de inspetores internacionais a instalações sensíveis. Dorothy Shea enfatizou esses pontos durante sua fala, dizendo que o Irã “segue desafiando as normas internacionais enquanto alimenta conflitos regionais”.

Resposta iraniana

Do lado iraniano, a missão permanente do país na ONU rebateu as acusações, classificando as declarações como “provocações” e “parte de uma campanha coordenada por Washington e Tel Aviv para justificar agressões ilegais contra a soberania iraniana”. O Irã sustenta oficialmente que seu programa nuclear tem fins pacíficos.

O embaixador do Irã na ONU, Amir Saeid Iravani, acusou os EUA e Israel de serem os verdadeiros responsáveis pela escalada de violência na região e afirmou que “o Irã se reserva ao direito de se defender diante de qualquer agressão”.

Tensão máxima no Oriente Médio

Nos bastidores diplomáticos, cresce o temor de um confronto direto entre Irã e Israel, especialmente após ataques não reivindicados atingirem locais sensíveis no território iraniano nas últimas semanas. O governo israelense mantém silêncio oficial, mas fontes da inteligência americana e europeia apontam que Tel Aviv estaria intensificando operações secretas para conter o avanço nuclear do Irã.

Enquanto isso, Estados Unidos e potências europeias discutem novas sanções contra o regime dos aiatolás. A União Europeia e o Reino Unido já manifestaram apoio à posição americana sobre impedir que Teerã obtenha armas nucleares.

Contexto geopolítico

Dorothy Shea, que assumiu o posto de embaixadora dos EUA na ONU em março deste ano após uma longa carreira diplomática, já vinha adotando um tom firme em relação ao Irã desde o início de sua gestão. Sua declaração neste domingo eleva o grau de tensão justamente no momento em que negociações diplomáticas alternativas, inclusive mediadas por países como China e Omã, tentam conter uma guerra aberta no Golfo Pérsico.

Especialistas em segurança internacional avaliam que a situação caminha perigosamente para um cenário de confronto direto, a depender da resposta iraniana e do posicionamento final de potências globais como Rússia e China, tradicionalmente aliados de Teerã no Conselho de Segurança.

Por ora, o aviso está dado: a Casa Branca e seu corpo diplomático afirmam estar prontos para retaliar “de forma devastadora” caso o Irã avance militarmente contra aliados dos EUA ou dê sinais concretos de desenvolvimento de armamento atômico.


Um comentário

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